«No soy el primer Almirante de mi familia» (1) – Os almirantes da casa de Soutomaior

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Meia dúzia de anos foram suficientes para que a glória conseguida por Cristóbal Colón no continente, se transformasse em amargura, desconfiança e revolta, sentimentos trazidos a Castilla em 1499 por alguns dos habitantes de La Española, cujas expectativas de vastas riquezas se viram goradas.

Pertence a Hernando Colón, o benjamim autor da História del Almirante, a descrição presencial desse clima que então grassava na corte e por certo se estenderia também ao reino dos Católicos: «Era de tal manera que estando yo en Granada, cando murió el serenísimo príncipe D. Miguel, más de 50 de ellos como hombres sin verguenza compraron una gran cantidad de uvas y se metieron en el pátio de la Alhambra, dando grandes gritos, diciendo que sus altezas y el Almirante los hacían passar la vida de aquella forma, por la mala paga, y otras deshonestidades é indecências que repetian.

Tanta era su desverguenza, que cuando el Rey Católico salía, le rodeaban todos y le cogían en medio diciendo: Paga, paga, y si acaso yo y mi hermano, que éramos pajes de la serenísima Reina pasábamos por donde estaban, levantaban el grito hasta los cielos diciendo: – Mirad los hijos del Almirante, los mosquitillos de aquel que há hallado tierras de vanidad, y engano para sepulcro y miséria de los hidalgos castellanos, – añadiendo otras muchas injurias por lo cual excusábamos passar por delante de ellos.» (Colón, 1892, vol. II, pp. 122-123)

Existem pelo menos, mais duas versões similares desta última frase acusatória: «Mirad los hijos del Almirante de los mosquitillos, de aquél (…)», numa conferência acerca de Colón y Bobadilla, proferida no ateneo de Madrid por D. Luís Vidart, e «Mirad los hijos del Almirante de los mosquitos, de aquél (…)», na edição da História del Almirante de Luís Arranz Marquez, expressão ressaltada por Consuelo Varela nos seus estudos sobre Cristóbal Colón y la construcción de un mundo nuevo. (Vidart, 1892, pp. 9; Colón, 1984, pp. 260-261; Varela, 2010, pp. 78)

Perdido que foi o texto original, não é hoje possível recuperar a ideia exacta que Hernando Colón quis transmitir. Porém, uma ilação é possível extrair-se entre estas versões: se aos filhos chamavam «mosquitillos», ao pai decerto chamariam depreciativamente «Almirante de los mosquitos» ou «mosquitillos», descarregando nessa praga insalubre – abundante naquelas remotas paragens – todos os factores negativos da colonização de terras tão sem atractivos.

Esclarecer este aparente pormenor é relevante, quando nos move a intenção de comentar uma reacção de Colón a essas notícias vindas da corte, quiçá incluídas nalguma missiva então enviada por Diego a seu pai.

Obviamente que Cristóbal sabia que era criticado e ridicularizado no reino. Disso faz referência numa das cartas que enviou a Juana de la Torre – que fora ama do príncipe Juan de Castilla – mencionada por Hernando Colón e da qual também se perdeu o original, restando apenas a citação incluída na História del Almirante: «No soy el primer Almirante de mi família; pónganme el nombre que quisieren, que al fin David, Rey muy sábio, guardó ovejas y después fué hecho Rey de Jerusalém; y yo soy siervo de aquel mismo Señor que puso á David en este estado.» (Colón, 1892, vol. I, pp. 13)

Como quem diz: tenho linhagem de chefes de mar; mereço o cargo; não me importam insultos pois Deus saberá fazer-me justiça!

Alfonso Philippot Abeledo foi quem primeiro identificou Cristóbal Colón com o magnata galego D. Pedro Álvares de Soutomaior, celebrizado pela alcunha de «Pedro Madruga». Entre as muitas evidências apresentadas, o início desta frase supracitada e imortalizada na História del Almirante, é de impossível contestação quando atribuída àquele senhor de Soutomaior. Baseado no estudo genealógico, Philippot encontrou quatro figuras que verificavam a afirmação «No soy el primer Almirante de mi família», quando aplicada à casa de Soutomaior: Paio Gomes Charino, Álvaro Paes, Alfonso Jofre Tenório e Diego Hurtado de Mendoza.

Pedra de armas de Cristóbal Colón - Séc. XVI (Puerto Rico)
Pedra de armas de Cristóbal Colón – Séc. XVI (Puerto Rico)

Procurando o reforço dos seus argumentos, o investigador foi ainda mais longe, associando-os ao número de âncoras que constituíam parte do escudo de armas atribuído pelos Reis Católicos a D. Cristóbal Colón: em campo de azul, cinco âncoras de ouro deitadas e postas em aspa. A quinta âncora corresponderia ao próprio almirante.

Interpretava desse modo aquele brasonar, atribuindo-lhe características «falantes», expressão que em heráldica se traduz pela associação visual simples, a ideias ou significantes. Por outras palavras: se o campo de azul e o signo da âncora se associavam directamente ao trato de mar – o que se não contesta – já o número de âncoras deveria significar que o portador se assumia como o quinto almirante da sua linhagem. A necessidade de fazer prova desta premissa, levou a que Alfonso Philippot se «excedesse» na busca genealógica, incluindo neste grupo o almirante Diego Hurtado de Mendoza, cuja ascendência na casa de Soutomaior remontava a cinco gerações e claramente se identificava então, apenas com a linhagem dos mendoza, senhores de Hita e Buitrago. (Philippot Abeledo, 1994, pp. 229)

Os Anales eclesiásticos y seculares de la Muy Noble y Muy Leal Ciudad de Sevilla, de Diego Ortiz de Zúñiga, foram a fonte consultada. Nele se dizia que os almirantes «(…) a los blasones de sus armas, añadian un áncora, como lo he visto en algunos sellos de Don Juan Mate de Luna, y otros». Porém esta ideia não vincula que figurassem tantas âncoras, quantos os familiares que haviam militado naquele cargo! (Ortiz de Zúñiga, 1795, tomo II, pp. 298)

Pode mesmo atestar-se que em heráldica, o ordenamento do escudo segundo opções formais estéticas, se sobrepõe bastas vezes à suposta simbólica representada. Por isso as peças móveis – de que a âncora é um excelente exemplo – se apresentam em número variado e sempre assumindo posições fundamentais. Um caso paradigmático do que se afirma, são as variações ao longo do tempo no número de besantes ordenados nas quinas do brasão português, assim como a quantidade de castelos presentes na bordadura do mesmo.

Escudo de armas de D. Fadrique Enríquez de Cabrera, almirante de Castilla - Séc. XVI
Escudo de armas de D. Fadrique Enríquez de Cabrera, almirante de Castilla – Séc. XVI

Desse modo, as cinco âncoras postas em aspa no brasão de Colón, mais não devem ser entendidas do que representando a dignidade de Almirante em que fora investido. Tome-se como exemplo a primeira página do privilégio de confirmação do Almirantado de Granada a D. Fadrique Enríquez de Cabrera, a qual ilustra a capa do estudo dedicado ao Almirantazgo de Castilla, assinado por José Manuel Calderón Ortega. Em rodapé, figura o escudo de armas daquele Fadrique Enríquez, o quarto almirante da sua família (Enríquez de Castilla), ou o sexto se considerarmos igualmente a linhagem da bisavó D. Juana de Mendoza y Ayala, irmã e sobrinha dos almirantes da casa de Mendoza. O referido escudo apresenta-se esquartelado de Enríquez de Castilla, contra Cabreras de Módica, interessando-nos mais particularmente a representação heráldica relativa aos primeiros. (Calderón Ortega, 2003)

Segundo o Diccionario Heraldico y Nobiliario de Fernando Gonzalez-Doria, as armas dos Enríquez ordenavam-se da seguinte forma na sua origem: escudo mantelado; 1º e 2º , em campo vermelho, um castelo de ouro, e no mantel de prata, um leão rampante de vermelho. (Gonzalez-Doria, 1994, pp. 524)

Pedra de armas dos Enríquez, almirantes de Castilla - Séc. XV (Castelo de Torrelobatón)
Pedra de armas dos Enríquez, almirantes de Castilla – Séc. XV (Castelo de Torrelobatón)

Após a elevação de Alfonso Enríquez ao cargo de almirante de Castilla, em 1405, esse ramo da linhagem acrescentou à sua representação heráldica, uma bordadura de prata, carregada indiferentemente de seis ou oito âncoras azuis, travadas de ouro. Registam-no os escudos existentes no castelo de Torrelobatón, que lhes pertenceu (6 âncoras), e verifica-se no aludido exemplo da capa do livro de Calderón Ortega, extraído do privilégio de confirmação do Almirantado de Granada (8 âncoras), provando-se deste modo que o número das mesmas era, de facto, aleatório e sujeito ao regimento heráldico ou às condicionantes do desenho.

Explanado este ponto de vista, deverá ser descartado o nome de Diego Hurtado de Mendoza, dos possíveis titulares do almirantado de Castilla, pertencentes à casa de Soutomaior, resumindo-se então a lista a três nomes, todos naturais de Pontevedra: Paio Gomes Charino, cujo sepulcro apresenta em evidência as armas dos Soutomaior; Álvaro Paes, possível titular da casa na transição do século XIII para o XIV; e Alfonso Jofre Tenório, membro segundo da casa de Tenório, senhorio que pertenceu por sucessão hereditária, desde finais do século XIV, também aos Soutomaior. À luz dos considerandos das linhagens de antanho, só estes três nomes, entre a extensa lista dos trinta e três almirantes de Castilla, podem ser considerados como pertencentes àquela casa, logo pertencentes à «família» do Conde de Caminha, D. Pedro Álvares de Soutomaior.

CRISTÓBAL COLÓN Y PEDRO A. DE SOTOMAYOR: USARON EL MISMO ESCUDO DE ARMAS

El escudo de armas de Cristóbal Colón, está compuesto de cuatro cuarteles, el  último cuartel es el espacio reservado a las armas que solía tener, en donde se recoge las armas primitivas y/o de linaje del Almirante, Colón utiliza el mismo escudo de armas que utilizo Pedro Álvarez de Sotomayor (Pedro Madruga), cuando construyo la muralla defensiva en el castillo de Sotomayor.

Al Almirante al volver del primer viaje del descubrimiento el 20 de mayo de 1493, los Reyes Católicos le concedieron por privilegio el poner en su escudo de armas, 1º de sinople, un castillo de oro, 2º de plata, un león de púrpura, 3º en ondas de azur, unas islas de oro, y 4º las primitivas armas propias  según dice el documento real de Mayo de 1493:

     “en el otro cuadro bajó a la mano izquierda las armas vuestras que soliades tener, las cuales armas sean conocidas por vuestras armas e de vuestros fijos e descendientes para siempre jamás”.

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Escudo otorgado a  Cristóbal Colón

En el siglo XIV, la sociedad estaba estructurada en clases sociales muy diferenciadas; estas eran muy restrictivas entre sí, y difícilmente o poco menos que imposible. se podía pasar de un estatus social a otro, los prejuicios de casta eran muy frecuentes en la sociedad, y estaban muy arraigados en ella, las normas sobre uso de las armas reales era muy estricta, habiéndose dictado una disposición que restringía su uso a muy pocas personas, y prohibía expresamente el uso de las armas de los Reyes Católicos.

En las Cortes de Toledo año 1480 dictan (los Reyes Católicos) una Orden que Carvajal llama “casi divina” para reformación y remedio de los desórdenes pasados. Estaba dirigida exclusivamente a la grandeza, y prohíbe a ésta que ostente en sus escudos las armas reales.

Los Reyes no pueden vulnerar una disposición impuesta por ellos doce años antes, y mucho menos una Reina a la que le preocupaba de sobremanera la impartición de la justicia. Los reyes no le otorgarían el escudo real a Colón, si no tuviese derecho a ello.

Por lo que se puede concluir, que Cristóbal Colón pertenecía a la nobleza, y es evidente que el Almirante anteriormente había tenido “armas”,  “…las armas vuestras que solíades tener…” Esta expresión aparte de revelar que en ese momento era noble, estaba inhibido de usar la representación heráldica propia o personal, de otra manera lo identificarían con el linaje de los Sotomayor, de ahí la expresión “soliades”. En la concesión de los atributos de su escudo,  le son concedidos el escudo real de Castilla y León que ocupa los dos primeros cuarteles del escudo  constituye simplemente un “acrecentamiento de armas”. Unas armas propias o personales que eventualmente Colón puede usar como suyas y simultáneamente las nuevas armas. El uso de las armas reales estaba restringido a pocas personas impensables para un plebeyo.

Si nos atenemos a lo que los reyes católicos expresamente establecen en la real provisión, en ese cuarto cuartel se recogerían la armas que Cristóbal Colón debió de declarar ante el iluminador de la cancillería que eran las habitualmente portadas “soliades tener”, sin que estas tuvieran necesariamente que ser las de su linaje, lo que por otro lado, en momento alguno llega a ser manifestado por los monarcas. Es más, en análogas circunstancias, cuando los soberanos procedían a mejorar o incrementar graciosamente las armas de linaje de una persona con nuevos cuarteles o figuras, hacía constar expresamente el que se poseían aquellas, acometiéndose seguidamente su pormenorizada descripción, como nos acreditan varios acrecentamientos de armas de esta índole, en esa época.

La verdadera sorpresa estriba en que,  frente a toda previsión al respecto, las armas incluidas en el referido cuarto cuartel de la reproducción proporcionada por el privilegio original en pergamino, y que serian representación de aquellas que el Almirante habría manifestado que solía tener, son las mismas que se encuentran en la muralla defensiva (exterior) del castillo de Sotomayor, la cual Pedro Álvarez de Sotomayor mando construir, después de las revueltas irmandiñas.

 MURALLA

Muralla defensiva del Castillo Sotomayor construida por Pedro Álvarez de Sotomayor (Pedro Madruga)

Existen en el castillo otras representaciones del escudo, pero estas fueron posteriores, puestas en las primeras décadas de siglo XV,  por el Comendador Diego de Sotomayor, hijo de Pedro Madruga, en donde aparece el escudo de los Sotomayor y el de los Zúñiga, (concretamente los de Belalcázar que eran Sotomayor-Zúñiga).

AAAAAA

 Escudos de armas en el castillo Sotomayor

Lo significativo es que Pedro Madruga manda colocar en la muralla defensiva del castillo de Sotomayor, mucho antes de aparecer Colón el mismo escudo que los reyes le reconocieron a Cristóbal Colón “soliades tener”.

 

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No rasto matricial do conde D. Pedro de Caminha (IV) – Constança Gonçalves, “vil” filha de alfaiate; e João Gonçalves, o outro irmão do conde de Caminha

Diego de Veragua y los Sotomayor

CRISTÓBAL COLÓN Y PEDRO A. DE SOTOMAYOR: USARON EL MISMO ESCUDO DE ARMAS

Modesto Manuel Doval Montes

 Cristóbal Colón señor feudal gallego

Cristobal Colon señor feudal - Manuel Doval

Cristóbal Colón es un personaje fascinante, antes de presentarse en la corte de los Reyes Católicos nada se sabía de él, existe un misterio que rodea su origen.

 

La teoría que afirma que Colón nació en Galicia, es la que aporta más información y documentación, la teoría oficial (genovesa) se cae por su propio peso ai querer presentarnos a Colón como un cardador de lana, ¿podría tener audiencia con los Reyes un lanero?

 

Para desentrañar el misterio del origen del Almirante basta con seguir su vida, su comportamiento, sus escritos y tas referencias de los hechos.

 

La vida del Almirante está plagada de relación con Galicia, su comportamiento y su carácter demuestran que el Almirante y el señor feudal gallego Pedro Álvarez de Sotomayor conocido como Pedro Madruga, eran la misma persona.

 

Presentamos las aportaciones realizadas hasta el día de hoy para demostrar que COLÓN ERA GALLEGO.

 

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“ Carta de Teresa de Távora a Juana la Loca ” Por Ángel de Requejo

 (Artículo recuperado de la revista digital “Vidavedra”) 2011

 

Juana la loca
Juana la loca

Inmerso en plena investigación, y con el objetivo de aportar nuevos datos a la tesis del Colón Gallego (la cual fundamentalmente relaciona a Cristóbal Colón con el noble gallego feudal Don Pedro Álvarez de Sotomayor -conde de Caminha- conocido popularmente como «Pedro Madruga«), el investigador recupera un documento (carta) de finales del Siglo XV (1498) a través del Archivo de Simancas donde la noble portuguesa y mujer de Pedro Madruga, Dña. Teresa de Távora -condesa de Caminha-, se dirige a la por entonces princesa y archiduquesa de Austria, Juana, futura reina de Castilla y conocida en el tiempo y la historia con el sobrenombre de » Juana la Loca «. En dicha carta la condesa le habla de una forma muy emotiva y sentimental deseándole un feliz parto y el cumplimiento de una promesa, así como también informándola de la situación de sus hijos, llegando a ofrecer a cada uno de ellos (donde estuviesen) para servir a la archiduquesa.

El documento citado ha sido extraído de un ensayo (La huella documental de una Reina sin Gobierno, de José Luis Rodríguez de Diego) que trata y conforma junto a otros veinticinco, y dentro de un contexto de la historia y de las artes, del período en el que Juana  residió en su palacio de Tordesillas. (Obra recopilatoria de Miguel Ángel Zalama Rodríguez, titulada Juana I en Tordesillas: Su Mundo Su Entorno).

La carta se manifiesta efectivamente en su totalidad de una forma muy emotiva y sentimental, quedando bien diferenciada en dos partes. En una, la noticia de la preñez de la archiduquesa deseándole un feliz parto, y la otra, con pequeños pero importantes detalles sobre los hijos de Teresa de Távora y Pedro Madruga. Ambas partes tan bien diferenciadas parece a priori que no guardan relación entre sí, pero analizadas e investigadas en profundidad y reforzadas con más documentación contrastada, se evidenciará que tienen mas relación de lo que parece, llevándonos una vez mas, y a través del entorno social y familiar de los Sotomayor, a la figura de Cristóbal Colón.

La primera parte de la carta se basa en el deseo de Teresa de Távora de que la archiduquesa tenga un buen y feliz parto. Sería al poco tiempo el primer hijo/a de Juana  y Felipe el Hermoso -Leonor- (nacida en Noviembre de ese mismo año de 1498, la cual seria en el tiempo futura Reina Consorte de Portugal  siendo la tercera esposa de Manuel I de Portugal, y a la muerte de éste contraería matrimonio con Francisco I de Francia). Teresa de Távora sabe de la preñez de la archiduquesa por una carta recibida de Marina Ruiz (dama de Juana  y anteriormente dama de cámara de su madre la Reina Isabel. Dato documentado en el artículo del Dr. José Martínez Millán, catedrático de historia moderna, que a su vez se documenta de A. De La Torre y E.A. De La Torre, cuentas de Gonzalo de Baeza, tesorero de Isabel La Católica, citando la nómina dada por Fernando el Católico el día 20.12.1504, una vez muerta la Reina, ordenando se pagase las quitaciones y citando las mujeres que hubo en la casa de su esposa, figurando Marina Ruiz entre ellas), aunque lamenta como dice en su carta -siempre me dolerá por no lo saber allá antes que partiese pues no fue contenta de mi serviçio-. Ese allá se refiere la condesa a Flandes, ya que ella, y este dato es importante y significativo, viajó en el séquito de Juana cuando  fue a conocer a su prometido Felipe El Hermoso, regresando después de un tiempo a España con parte del mismo ( Ej. El tutor de Juana-Fray Andrés de Miranda).

Quiero resaltar una vez más la importancia que tiene el saber que la mujer de Pedro Madruga (Dña. Teresa de Távora) formó parte del séquito nupcial en Flandes de la futura Juana I de Castilla, ya que en dicho séquito y en su entorno social más próximo se encontraban por parte de la novia castellanos selectos y distinguidos como: El Almirante de Castilla Don Fadrique Enríquez, su hermano Bernardino Enríquez, Francisco Enríquez, Fernando de Córdova, Sancho de Tovar…, y como dato desconocido (similar al de Teresa de Távora), también formaba parte de dicho séquito Martim de Távora, hermano de Teresa de Távora y cuñado, a fin de cuentas, de Pedro Madruga. (La información del séquito que acompañó a Juana esta perfectamente documentado y recogido en la obra de la Doctora en Historia Aram Bethany;” La reina Juana, Gobierno, Piedad y Dinastía).

Otro dato de  refuerzo de la presencia y relación de Martim de Távora con Juana, lo tenemos de nuevo en el artículo del Dr. José Martínez Millán  – De la muerte del Príncipe Juan al fallecimiento de Felipe El Hermoso (1497-1506) – donde en el apartado » Corte y Gobierno» y bajo el título “Los Servidores de Doña Juana y de Don Felipe, Los Orígenes de la Casa de Borgoña en Castilla”, expone y dice lo siguiente:

«En 1496, la Reina Isabel la Católica, vuelve a Castilla (después de acompañar a su marido Fernando el Católico de un viaje a Aragón, tratando de solucionar determinados problemas políticos), para preparar la casa de su hija Juana, quien debía contraer matrimonio con el Archiduque Felipe. De esta manera en Almazán, al tiempo que establecía la casa de su hijo Juan, la reina hizo lo propio con la casa de su hija  de acuerdo al estilo castellano, tras elegir escrupulosamente los servidores que la habrían de componer”. Y cita entre otros…, a Martín de Mújica  como Tesorero (indicamos que este personaje figura en la carta), a Martim de Távora como Maestresala, y a Teresa de Távora como Dueña de Honor.

Tenemos ya dos citas importantes sobre Martim de Távora con relación a la Reina Isabel y su hija Juana. Pero porqué este personaje merece ser citado de nuevo, pues sencillamente porque en alusión al extraordinario estudio realizado por el genealogista, heraldista, y experto en la familia Sotomayor, Don Antonio Pedro Sottomayor (Portugal), que a su vez extrae el dato de Felgueiras Gaio, insigne genealogista del siglo XIX, considerado uno de los más fiables y certeros ó el que mas de la historia de Portugal, relaciona a Martim de Távora – cuñado de Pedro Madruga – con Cristóbal Colón a través de otro personaje común : Pedro Correa. Conozcamos por tanto de dicho estudio el extracto más importante, traducido y redactado por  Rodrigo Cota González; escritor, guionista e investigador pontevedrés, autor de la obra  «Colón, Pontevedra, Caminha«. Citamos sus palabras:

«Todos los investigadores que analizan la figura de Colón han de pasar por su cuñado (técnicamente concuñado) Pedro Correa. Estaba casado con Izeu Perestrello, hija de Bartolomeu Perestrello, uno de los grandes exploradores portugueses. Felipa Moniz, la esposa portuguesa de Colón, era medio-hermana de Izeu e hija también de Bartolomeu. Se dice que de los planos dejados por el ya entonces difunto Bartolomeu extrajo Colón buena parte de los datos que le llevaron a proponer la expedición del descubrimiento de América. Se dice igualmente que fue Pedro Correa quien le dio acceso a la casa Real Portuguesa.

Bien, hasta hoy sabíamos que Teresa de Távora, la esposa de Pedro Madruga, era prima de Felipa Moniz, la mujer de Colón. Lo que no sabíamos, y aquí entra el dato aportado por Antonio Pedro Sottomayor, es que Pedro Madruga era, a su vez, concuñado de Pedro Correa. Teresa de Távora, esposa de Pedro Madruga, tenía un hermano, Martim de Távora , que estaba casado con Leonor Correa, hermana de Pedro Correa. Ciertamente, Pedro Madruga no necesitaba a Correa para acceder a la Corona Portuguesa, pues desde el principio contaba con su favor, pero esta nueva certeza aproxima todavía mas a las figuras de Colón y Pedro Álvarez de Sotomayor ( Madruga) y es  un importante refuerzo a nuestra teoría del Colón-Madruga”.

En la segunda parte de la carta la condesa de Caminha ( Teresa de Távora ) le habla a la archiduquesa Juana  de que tiene cuatro hijos, dando de ellos ciertos datos que por investigación y descarte llegaremos a saber cuál era el que estaba en las islas, y que con toda seguridad será el dato mas importante de la misma. Y dice así:

«Porque sepa vuestra Alteza donde se puede servir de mis hijos: en Portugal el uno, e en Inglaterra otro, e en las yslas otro, Don Diego queda aquí por trinchante de la Reina Nuestra Señora».

Cierto es que en esta fecha de la carta (octubre 1498) le quedaban cuatro hijos con vida, ya que dicha condesa de Caminha tuvo con Pedro Madruga cinco hijos varones, a saber: Álvaro, Fernando ó Hernando, Diego, Alonso, y Cristóbal. Álvaro fallece en Noviembre de 1495 en un tumulto en Valladolid.

Llegamos por tanto, a mi juicio, a la parte más importante del documento (carta), sus hijos, con el consiguiente análisis:

1.- De Don Diego, dice: queda aquí por trinchante (persona que cortaba y separaba las viandas en la mesa) de la Reina Nuestra Señora. Diego esta en la Corte, nada mas que investigar ni añadir.

2.- E en Inglaterra otro. Sabemos que éste era Cristóbal de Sotomayor, por una carta de los Reyes Católicos al Doctor Puebla, recomendando a Cristóbal de Sotomayor, hijo de la condesa de Caminha, enviado a Inglaterra para servir como paje al Príncipe de Gales.(Archivo de Simancas-PTR, LEG.52, DOC.64-1498).

3.- En Portugal el uno. Aquí entraba la duda de si podría ser Alonso o Fernando, pero revisado y analizado el testamento de Fernando ó Hernando de Sotomayor (recogido en la obra de Suso Vila » La Casa de Sotomayor «) , dato indicado nuevamente bajo la inestimable colaboración de Antonio Pedro Sottomayor,  se deduce que no era Fernando el que estaba en Portugal, si no Alonso, ya que en dicho testamento (Febrero de 1499) dice haber recibido cuarenta mil maravedís de la Reina en Ocaña (Juan II, el Rey Portugués había fallecido en 1495), y que los reyes Católicos le debían ciento veinte mil maravedís de tres años de asignación  ó servicios prestados.

Esta declaración es muy importante, ya que si dice haber recibido los 40.000 mrs., de la Reina, sabiendo que Juan II de Portugal había fallecido en 1.495, y que los Reyes Católicos le debían por servicios prestados 120.000 mrs., sólo se puede entender que entró al servicio de los dichos Reyes Católicos en 1496, por lo que se le adeudaba ese propio año 1496 y los dos siguientes. Esto significa que no era él el que estaba en Portugal cuando su madre -Teresa de Távora – escribió su carta a la archiduquesa Juana.

4.- E en las Yslas otro. Analizada e investigada la carta y tan sólo utilizando el sentido común, el que fue a América sólo pudo ser Fernando de Sotomayor, y aunque propiamente hubiera sido cualquiera de los otros tres hermanos (Diego, Alonso, ó Cristóbal), la importancia hubiera sido la misma, ya que el dato desconocido e importante es saber que un hijo de Pedro Madruga estuvo en las islas (así se llamaba también a lo descubierto por Colón, Yslas, Indias Occidentales, tal y como lo recogen escritos de la época : Carta de Merced de los Reyes Católicos que Colón había hallado «Yslas e Tierra Firme” – La Bula del Papa: El hallazgo de Colón había aumentado los dominios de los Reyes con » Terris et Insulis” – Obra manuscrita del Jerónimo Fray Antonio de Aspa de finales del siglo XV atestiguando que Colón tenía la absoluta certeza de que a las partes occidentales avía “ Ynfinitas Yslas«) en ese periodo (sirva de referencia la fecha de la carta octubre de 1498), coincidiendo con el 3º viaje de Cristóbal Colón, ya que el dato hasta ahora conocido de la presencia de un hijo de Pedro Madruga en América corresponde a Cristóbal de Sotomayor en el periodo 1508-1510 como Lugarteniente de Ponce de León en Puerto Rico, años insisto en los que el Almirante Cristóbal Colón ya había fallecido (1506).(citas recogidas en la revista cultural divulgativa “España” de 1942 de Buenos Aires y recopiladas por el Doctor Enrique de Gandia, secretario de la Academia Nacional de Historia).

Habiendo llegado a la conclusión de que fue Fernando de Sotomayor el que estuvo en las Islas, Indias, y posteriormente llamada América, también cabe reseñar que su estancia debió ser mas bien corta ( Fernando cae enfermo y fallece en 1499, recordemos su testamento), por lo que los registros escritos de su estancia debieron ser mínimos o incluso casi inexistentes (de aquí la falta de conocimiento del dato aportado), ya que hay que decir y recordar que cuando un noble – y Fernando lo era  (hijo de un conde)- viajaba a América era para ocupar un cargo importante, siendo necesario para ello una estancia bastante más prolongada (recordemos a su hermano Cristóbal Sotomayor como Lugarteniente de Ponce de León 1508-1510 en Puerto Rico). Su regreso debió producirse hacia finales de 1498 o como mucho a principios de 1499, ya que del tercer viaje de Colón a América, hay referencias del regreso de algunos barcos a España por dichas fechas.

Cierro este artículo destacando de nuevo el dato, para mí , más importante de la carta; la presencia de un hijo de Pedro Madruga en América a finales del siglo XV, en plena expansión del descubrimiento, y sobretodo y muy importante  en vida de Colón, poniendo de manifiesto no tan sólo el interés y la iniciativa emprendedora de los Sotomayor por establecer su noble estirpe en América, sino también  la más que posible relación y aproximación de la figura Sotomayor-Colón, ya que a la vista del dato obtenido, es lícito pensar que Fernando de Sotomayor pudo realizar esa travesía  teniendo como compañero de viaje a su propio padre, el mismísimo Almirante, Virrey, y Gobernador de las Indias, Don Cristóbal Colón.

 

Ángel de Requejo

Biografía de Cristóbal de Sotomayor.

escudo-puerto-ricoRecibo una carta de Barack Obama, quien se identifica como presidente de losEEUU, casado, dos hijas. Dice así:

Querido Rodrigo:
Siento curiosidad por la figura de Cristóbal de Sotomayor, hijo del conde de Camiña y primer conquistador de Puerto Rico. ¿Podrías, please, escribir y publicar su biografía si no quieres que toda tu familia sea asesinada por mis servicios secretos? Mi esposa Michelle y yo estaríamos encantados bla, bla, bla.
Así, he decidido publicar el capítulo dedicado a Cristóbal de Sotomayor en mi libro «Colón, Pontevedra, Caminha«. Creo que es, hasta la fecha, el primer intento de reconstruir la vida de este caballero pontevedrés, y creo que es un buen punto de partida para posteriores estudios biográficos.
Ahí va.
 
Capítulo IV: 
Un hijo de Pedro Madruga: Cristóbal “Colón” de Sotomayor, el favorito de los reyes.
Hasta ahora teníamos noticia de la amistad entre Hernando Colón, el hijo menor del descubridor y Cristóbal de Sotomayor, hijo de Pedro Madruga, a través de una anotación hecha por el propio Hernando en su ejemplar del libro “Sedacina Totius”:
“Diómelo con la “Suma” de Geber, don Xristóbal de Sotomayor hijo de la condesa de Camiña…”
En aquellos tiempos un libro era una posesión rara y valiosísima. Existían “bibliotecas” que no pasaban de una docena de ejemplares, y raras eran las que superaban esa cantidad que no se encontraran en un monasterio. Pero para Hernando Colón, el mayor bibliófilo de su época, quien dedicó la mayor parte de su vida y su dinero a fundar la “Biblioteca Fernandina”, luego llamada “Colombina”, debió significar un gran gesto de amistad recibir nada menos que dos ejemplares de obras significativas del hijo de Pedro Madruga, y así lo hizo constar. Y Cristóbal de Sotomayor debía tener poderosos motivos para desprenderse de tan preciada mercancía.
Pero hoy podemos demostrar además que la amistad entre estos dos personajes se extendía también a otro hijo de Colón, Diego Colón, quien sucedió a su padre en el título de almirante.
Este Cristóbal de Sotomayor fue un protegido de la reina Isabel prácticamente desde su infancia. No deja de sorprendernos que la reina mostrase tanto interés por el hijo menor de Pedro Madruga, quien en tiempos fuera uno de sus más feroces enemigos. Téngase en cuenta que el benjamín de un señor nombrado en Portugal conde de primera generación tampoco era tan importante en comparación con muchos otros nobles de mucho mayor linaje que no recibieron ni por asomo tantas atenciones por parte de los reyes como Cristóbal de Sotomayor.
Y más sorprendente aún es el seguimiento que la corona hace de este personaje hasta después de su muerte, que, como veremos, causó conmoción al rey Fernando. Ya no sería tan sorprendente, sin embargo, si Pedro Madruga y Colón fueran una misma persona, pues ese trato privilegiado a Cristóbal Sotomayor se entendería como una graciosa concesión de los reyes al descubridor.
El primer documento que hace referencia a este personaje lo encontramos en los archivos del Patronato Real una carta fechada en octubre de 1498 con la siguiente descripción:
“Carta de los Reyes Católicos al Doctor Puebla recomendando a Cristóbal de Sotomayor, hijo de la Condesa de Camiña, enviado a Inglaterra para servir al Príncipe de Gales”
En 1498 Cristóbal de Sotomayor tendría 12 años, por lo que su función junto al príncipe de Gales, futuro yerno de Isabel la Católica, sería con toda probabilidad la de servir como paje, un honor solamente reservado a niños de la nobleza cuyo futuro, en realidad, se pretende asegurar. La carta al doctor Puebla, embajador en Londres nos demuestra el interés de los reyes Isabel y Fernando.
Poco tiempo después, en mayo de 1501, tenemos de nuevo a la corona española, en este caso solamente a la reina, ocupándose del pequeño Cristóbal:
“A Alonso de Morales, tesorero, que libre a Cristóbal de Sotomayor, hijo del conde de Camiña, 50.000 mrs para ayuda de mantenimiento”
Sirva el subrayado para resaltar lo que consideramos una inusual anomalía: generalmente cuando se trata de identificar a un hidalgo a través de su linaje se cita siempre al pariente vivo. Así, supuestamente en esa fecha, ya “fallecido” quien ostenta el título, lo normal hubiera sido referirse a Cristóbal de Sotomayor como “hijo de la condesa de Camiña”, tal como se hace habitualmente.
Desconocemos cuánto tiempo permanece en Londres el hijo de Pedro Madruga, pero sabemos por distintas fuentes que posteriormente ejerce como secretario de Felipe el Hermoso. El efímero reinado del marido de Juana la Loca debe dejar descolocado a Cristóbal de Sotomayor y, tras su corto período como Secretario Real, en 1509 se decide su viaje a América.
La isla de Puerto Rico, aún despoblada, parecía un buen destino, y muchos se pelearon por él. Pero el rey Fernando en persona decide adjudicárselo a Cristóbal de Sotomayor. Nos lo cuenta José Ferrer de Couto en su “Historia de la Marina Real Española” que trata de lo acontecido “desde el descubrimiento de las Américas hasta el combate de Trafalgar”, edición de 1856:
“Las nuevas que de la isla de San Juan (de Puerto Rico) se habían tenido en España…despertaron las ambiciones, siempre exigentes de parciales y favoritos; y por estas, antes de conocer bien a fondo la importancia de la dicha isla, si no era por las anteriores negociaciones y asientos hechos con Vicente Yáñes Pinzón y por los informes del primer almirante, el rey hubo de conceder licencia para ir a poblar en ella a un don Cristóbal de Sotomayor, hijo de la condesa de Camiña…”
O sea que a pesar de los insistentes y “exigentes” ruegos de “parciales y favoritos” el Rey se decanta por “un don Cristóbal de Sotomayor”. El autor del texto parece, como nosotros, sorprendido ante la decisión del monarca, que da la vacante a “un” hidalgo que no es, a priori, favorito.
Y un desfile de cédulas reales firmadas el 9 de enero pretenden garantizar que su estancia allí sea lo más cómoda posible, asignándole un papel destacado en la colonización de Puerto Rico. Veamos el resultado:
“Real Cédula a los oficiales de la Casa de la Contratación para que dejen pasar dos caballos y dos yeguas a la Española a don Cristóbal de Sotomayor”
El uso de caballos estaba reservado a las familias de la nobleza, pero además este caso sugiere que la intención de Cristóbal de Sotomayor es la de criarlos, con lo que se asegura una fuente de ingresos. 
“Real Cédula a don Diego Colón, gobernador de Indias, recomendando a don Cristóbal de Sotomayor.”
Esta cédula sobraba, pues Diego Colón  trató siempre con deferencia al hijo de Pedro Madruga. Juan Castellanos es un cronista a quien se hace poco caso por haberse tomado la molestia de escribir en verso su crónica “Elegías de Varones Ilustres de Indias”. Aún por encima. Nos cuenta así la llegada del hijo de Pedro Madruga a Puerto Rico:
“El don Diego Colón trae consigo
Un Sotomayor, hombre generoso;
Don Diego se le daba por amigo,
Por ser hijo de Conde Valeroso,
Y el rey a éste por hacer bienes
Dió la gobernación de Boriquenes.”
Aparte de que este cronista nos confirma la amistad entre Diego Colón y Cristóbal de Sotomayor, es ambiguo a la hora de definir cuál de los dos es el “hijo de Conde Valeroso”. Por otra parte, es preciso afirmar que Diego Colón conocía a todos los hijos de condes valerosos que había en el reino, y no por eso era amigo de todos ellos.
Durante siglos se ha especulado con la posibilidad de que en principio el destino de Cristóbal de Sotomayor fuera el de gobernador de la isla de San Juan de Puerto Rico. Algunos cronistas así lo refieren, y cuentan que Diego Colón se negó a ratificar tal responsabilidad a Sotomayor por considerarlo una intromisión en sus privilegios, que incluían el nombramiento de cargos. Pero no encontramos ningún documento que avale tal teoría, y si los siguientes que demuestran, entre otras cosas, que el gobierno de la isla ya estaba asignado.
“Real Cédula al gobernador de la isla de San Juan recomendándole a don Cristóbal de Sotomayor y a los oficiales que lleva con él para levantar la casa de fundición en esa isla”
Otro negocio, y en este caso importante. A medida que los descubrimientos de nuevas tierras revelaban los recursos que en ellas había se hacía necesario poner los medios para extraerlos y procesarlos, ése era, en definitiva, el propósito del primer viaje de Colón: la búsqueda de riqueza para sí mismo y para los reyes, y la gestión de una casa de fundición era uno de los mayores negocios que se podían proporcionar.
“Real Cédula al gobernador de la Isla de San Juan para que den vecindad a las personas que acompañaren a don Cristóbal de Sotomayor”
Pretende el rey asegurar que el séquito de Cristóbal de Sotomayor se instale sin problemas en la isla.
“Real Cédula a don Cristóbal de Sotomayor para que pueda poblar en la isla de San Juan, tomando los indios y tierras que necesitare.”
La escasez de indios, ya en esa época, se había convertido en un serio problema. Vicente Murga, en “El Concejo o Cabildo de la ciudad de San Juan de Puerto Rico (1527-1550)” nos da cifras:
“… la población india no era tan grande como muchos historiadores han escrito, porque Cristóbal de Sotomayor, a quien se le había asignado «el principal de los caciques», o sea Agüeybaná, sólo tenía seiscientos indios”
Por otra parte, tenemos los datos de la isla facilitados por la “Revista de Indias, 2002, vol. LXII, núm. 225” sobre la población aborigen de Puerto Rico:
“Otro documento considerado como un hito en este debate es el censo que el gobernador Francisco Manuel de Lando realizó en 1530. Este presentaba una población amerindia entre 1.148, de acuerdo a la interpretación de Brau, y 1.043, de acuerdo a Damiani Cósimi”
Si en 1530, dos décadas después de la llegada del hijo de Pedro Madruga a Puerto Rico el censo total se cifraba en torno a 1.100 indios, por mucho que hubiera descendido la población en ese periodo debemos admitir que la posesión de 600 indios era enorme, máxime si tenemos en cuenta que ni siquiera Ponce de León, capitán de Cristóbal de Sotomayor tenía tantos indios como su subalterno. Volvemos a la Revista de Indias:
“Lo más significativo es, que de acuerdo a ambas interpretaciones, con la excepción de la Corona, y quizás Sotomayor, nadie recibió más de doscientos indios, y la mayoría recibieron muchos menos. O sea que, a pesar de cualquier posible irregularidad, ningún colono obtuvo una cantidad enorme de hombres.”
Salvo el hijo Pedro Madruga, conde de Camiña, que obtuvo 600, tres veces más que los elegidos que recibían 200, “y la mayoría recibieron muchos menos”.
Ni el Propio Luis Colón, sucesor del descubridor y almirante de Indias tenía años más tarde, en 1557, las facilidades que tuvo el hijo de Pedro Madruga:
“Real Cédula a los oficiales reales de la isla Española y a los de Tierra Firme; que se ha hecho merced a Don Luis Colon almirante de las Indias y duque de la Vega de darle licencia para que… pueda pasar a las Indias …cuatrocientos esclavos negros, la tercia parte hembras, libres de derechos por cuanto se obligó de pagar los 3.600 ducados que montan dichos derechos a razón de nueve ducados cada esclavo en tres anualidades… Que tengan especial cuidado de cobrar para el 23 de noviembre de este año y de los dos siguientes los respectivos tercios de a 1.200 ducados descontándoles de la renta del dicho almirante y enviarlos registrados en nombre de S.M. a la Casa de la Contratación”
A este almirante se le conceden solamente 400 esclavos, 200 menos que a Sotomayor, pero ha de pagar por ellos una cifra nada desdeñable y la corona insiste en que se ponga especial celo en el cobro, condiciones que no se aplicaron a Cristóbal de Sotomayor.
Y la facultad que se le confiere a Cristóbal de tomar cuantas tierras e indios “necesitare”, es decir, aquellos recursos y mano de obra que quiera coger, suponen un privilegio del que, como se ve, no disfrutaba nadie. Una vez más debemos preguntarnos qué compromiso unía a la Corona con este hijo de Pedro Madruga para concederle mercedes de las que no gozaban otros. A mediados del mismo año, ya don Cristóbal instalado en San Juan se emite un nuevo documento:
“Real Cédula concediendo permiso a don Cristóbal de Sotomayor para que tenga dos carabelas en la isla de San Juan para llevar indios de las islas comarcanas.”
El control que ejercía el estado sobre el tráfico de mercancías impedía a cualquiera tener carabelas sin licencia real. Para ello necesitaban un permiso como este que se concede al hijo de Pedro Madruga. Pero además lo habilitan tácitamente para tomar esclavos de otras islas, ya que debió toparse a su llegada con la carestía de nativos antes explicada.
“Real Cédula a los oficiales de la Casa de la Contratación para que dejen llevar a don Cristóbal de Sotomayor dos carabelas a la isla de San Juan.”
Esta cédula se emite dos meses después de la anterior, por lo que debe hacer referencia a las mismas dos carabelas.
Debió tener el personaje algún problema burocrático con la posesión de esclavos, pues en febrero de 1511 se emite una nueva cédula que confirma sus derechos:
“Real Cédula a Juan Ponce de León, capitán de la isla de San Juan, para que no se le quiten a don Cristóbal de Sotomayor, que reside en esa isla, el cacique e indios que se le dieron no habiendo motivos por los que deba perderlos.”
La “posesión” de un cacique era valiosa, pues con él se aseguraba, en principio, la obediencia del resto de los indios que estaban bajo su mando. Esa fue, quizás la causa de la muerte de don Cristóbal, como explicaremos más adelante.
Esclavos, carabelas, caballos y yeguas, casa de fundición, recursos, todo se le da y se le otorga al hijo de Pedro Madruga, hasta el punto de ocuparse el rey en persona de eliminar trabas administrativas para facilitarle las cosas hasta extremos que podrían parecer insultantes a otros que no contaban con tal “enchufe”.
Durante su estancia en Puerto Rico, Cristóbal de Sotomayor funda primero la villa de Távora, en honor a su madre, Teresa de Távora. Poco después este pueblo es abandonado por las difíciles condiciones que ofrece y una nueva villa, llamada Sotomayor, surge en el sitio de Aguada. Así nos lo cuenta Juan de Castellanos:
“…Fundólo don Cristóbal do decimos
Que es el Sotomayor que referimos.
Mas donde manifiestan mis escritos
No comportó la gente ser poblada,
Por ser tanta la copia de mosquitos
Que nunca se vió plaga tan pesada;
Y ansí, vencido ya de tantos gritos,
La pasó don Cristóbal al Aguada,
Que es al oeste norueste desta vía
Con nombre del renombre que él tenía.”
La elección de este lugar se suma a las “casualidades” que nos acompañan desde el principio, pues “Aguada de Colón” era el primer lugar descubierto por Colón en Puerto Rico, y era llamado así porque allí se había detenido el almirante para cargar agua para su flota. El rebautizar precisamente ese lugar como Sotomayor parece un doble homenaje a Pedro Madruga. En ese lugar, hoy simplemente llamado Aguada, se refieren aún actualmente a Cristóbal de Sotomayor como “Cristóbal Colón de Sotomayor”. Reproducimos a continuación la información oficial que ofrece el municipio de la Aguada:
“En 1493 Cristobal Colón desembarcó en Puerto Rico por una bahía en el noreste y tomó posesión de la isla. Acampó dos días y se aprovisionó de agua en los manantiales que encontró cerca de la orilla y se le llamó más tarde como Pozos Colombinos, y al lugar de la bahía La Aguada de Colón en Puerto Rico.
En los años 1508-1510, Ponce de León ordenó a su lugarteniente, Don Cristóbal Colón de Sotomayor, fundar la segunda población de la isla en la región de el Puerto de los Pozos de la Aguada de Colón. 
Sotomayor levantó el primer poblado en el 1510 con el nombre de La Villade Sotomayor.”
Es decir, Cristóbal “Colón” de Sotomayor eligió un lugar llamado “Aguada de Colón” para fundar un pueblo llamado “Villa de Sotomayor”. Y lo hizo “con nombre del renombre que él tenía”.
Y según el investigador Lino Gómez Canedo, durante una visita efectuada al Archivo Nacional de Puerto Rico, existía allí en 1960 una copia de la Cartaenviada por Juan Cerón al rey en que da cuenta de la muerte de Cristóbal refiriéndose a él con ese mismo apellido Colón. “Cristóbal Colón de Sotomayor”. Y Juan Cerón, alcalde mayor de San Juan conoció personalmente a Cristóbal Colón y a Cristóbal de Sotomayor, por lo que no parece un error gratuito. Lo cierto es que la información oficial que ofrece aún hoy el ayuntamiento de Aguada, como hemos visto, también utiliza el apellido Colón para nombrar al hijo de Pedro Madruga. Otra impactante “casualidad”. Pero sigamos con las preocupaciones del rey Fernando:
“Real Cédula a don Diego Colón, almirante y gobernador de las Indias, para que deje sacar de la isla Española para la de San Juan ciertas yeguas, vestidos y otras cosas que dejó allí don Cristóbal de Sotomayor”
Este documento prueba que el hijo de Pedro Madruga tenía línea directa con el rey, y nuevamente tenemos a la corona ocupándose de un asunto menor en defensa de su protegido. Probablemente Cristóbal tuvo otra vez algún impedimento formal para trasladar sus “yeguas, vestidos y otras cosas” y el rey en persona toma cartas en el asunto ordenando directamente a Diego Colón, que tampoco perdía su tiempo en estas bagatelas, que se encargue del asunto.
Durante su corta estancia en Puerto Rico, este Cristóbal “Colón” de Sotomayor se enamoró de una hermana del cacique de su propiedad, con quien llegó a tener un hijo llamado Pedro. Este cacique, quien seguramente con toda razón estaba harto del colonizador de sus tierras, y humillado por la relación que mantenía con su hermana, le tiende una celada en la que son asesinados el propio Cristóbal “Colón” de Sotomayor, un sobrino suyo y la hermana del cacique.
La muerte del hijo de Pedro Madruga causa una nueva remesa de cédulas. Llegando ya al año 1511, casi dos décadas después del primer viaje de Colón en 1492, no era el hijo de Pedro Madruga el primer hidalgo que moría en América. Y si contamos las muertes producidas en otros territorios de los reinos de Fernando el Católico y la poca importancia que el rey daba a los asuntos del nuevo mundo, sorprende una vez más la conmoción que causa el asesinato de Cristóbal “Colón” de Sotomayor. En octubre de 1511, al poco de la muerte del hijo de Pedro Madruga, el rey se preocupa por su herencia:
“Real Cédula a don Diego Colón, almirante,  virrey y gobernador de Indias, y a otras justicias de la isla Española y de San Juan para que acudan a don Diego de Sotomayor o a la persona que tenga su poder, con todos los bienes que su hermano don Cristóbal de Sotomayor dejó cuando le mataron los indios de la isla de San Juan, si no están embargados por deudas, y asimismo le acudan con una carabela que don Cristóbal dio al piloto Martín Núñez, vecino de Palos, para que se la llevase a la isla de San Juan.”
Poco después, el 13 de Diciembre de 1511 Fernando el Católico escribe a su nieto el príncipe Carlos (futuro emperador Carlos V) dando cuenta de la muerte de Cristóbal de Sotomayor
“…quen la Isla de Sant Xoan, todos los más de los yndios quen ella estaban, mataron a trayción e alevosamente a Don Crystobal de Sotomayor, Lugar-Thyniente de Nuestro Capitan de la dicha Isla, e a Don Diego de Sotomayor, su sobrino, e a otros muchos crystianos quen la dicha Isla estaban, e ellos pidieron a voces los matar, e abrasaron un lugar de la dicha Isla, de dos quen ella abia, e matando todos los crysthianos que tomaron, dempues se alzaron e rrebelaron contra Nuestro servycio, e a thernido forma como todos los otros yndios que quedaban en la dicha Isla de Sant Xoan se rrebelaban como lo están rrebelados, faciendo guerra a los crysthianos…”
Éste documento, reproducido en 1915 por  Cayetano Coll y Toste en, “Boletín histórico de Puerto Rico, tomo II”, prueba la preocupación ya no solamente institucional, también personal, que siente la corona por la muerte de tan querido vasallo. Y saltándose una orden previa, dada seguramente en América por algún capitán o gobernador, el rey Fernando se ocupa de vengar el asesinato:
“Real Cédula a Juan Cerón, alcalde mayor de la fortaleza de San Juan y a Miguel Díaz, alguacil mayor de la misma, para que no obstante el mandamiento que se les dio para enviar a la Española los indios que tomasen a la fuerza de los que estaban rebelados por la muerte de don Cristóbal de Sotomayor, los tengan ahí aherrojados y en las minas de Su Majestad para que los que los vean tomen ejemplo.”
Ciertamente, da la impresión que el rey no tenga otros asuntos de los que ocuparse. El interés que pone en Cristóbal de Sotomayor es inusual de todo punto. Cientos de cortesanos, de nobles, llaman a diario a las puertas de palacio para pedir favores para sí o sus hijos. Y el rey desplaza sus atenciones a un hidalgo que se encuentra al otro lado del Atlántico, y que no tiene más galones que exhibir que los de ser el hijo pequeño del mayor enemigo que tuvo el rey en otros tiempos. Repetimos, solamente entendiendo que Pedro Madruga y Colón sean una misma persona podemos explicar este desmesurado interés por Cristóbal “Colón” Sotomayor.
Pero todavía el rey hacia el fin de su vida se sigue ocupando de la familia, esta vez del hijo que Cristóbal tuvo con la hermana del cacique. Así, en 1515, dicta una nueva cédula:
“Real Cédula al Adelantado Juan Ponce de León y al licenciado Velásquez, repartidores de indios de la isla de San Juan, para que encomienden a D. Pedro de Sotomayor los indios que tenía su padre D. Cristóbal de Sotomayor, difunto, como merced por los servicios de éste, y entretanto llega D. Pedro a la isla, tenga los indios el contador Antonio Sedeño.”
Este Pedro debía contar apenas cinco o seis años de edad, por lo que difícilmente podría ocuparse de “sus” indios, pero el rey pretende asegurar el futuro del niño, como ya hiciera con su padre. Cristóbal nunca llegó a casarse con la india, por lo que el tratamiento de “don” otorgado al niño bastardo sugiere que fue legitimado, seguramente a petición de su tío Diego de Sotomayor,  otro hijo de Pedro Madruga, a quien se hace referencia en el documento anterior, y que residía en Extremadura ocupando un cargo en la Orden de Alcántara y a quien dedicamos capítulo aparte.
Desconocemos si Pedro de Sotomayor, el hijo de Cristóbal “Colón” Sotomayor llegó finalmente a Puerto Rico, pero encontramos aún otro documento, ya fechado en 1528, en que tenemos una clara referencia a la amistad entre los Colón y los Sotomayor, también difícil de explicar:
“Real Cédula al presidente y oidores de la Audiencia de La Española, para que hagan justicia a Juan de Espinosa, sobre cien indios que tenía encomendados por fray Nicolás de Ovando y dice que le quitó el Almirante Don Diego Colón injustamente para dárselos a un tal Sotomayor, su criado, y de cuyas pérdidas, aunque prometió descargarle, como vino a España y murió no lo llegó a hacer, con lo cual sufre gran agravio.”
Tenemos aquí a Diego Colón apoderándose de nada menos que un centenar de esclavos, que tanto escaseaban, en beneficio de un Sotomayor que ya tenía seiscientos. Casualidad. Advirtamos que, en aquellos tiempos, “criado” era todo aquel que estaba al servicio de otra persona, fuera cual fuese el cargo que ocupara. Así, por ejemplo, el propio Colón, almirante, virrey y gobernador, era criado de los reyes.
Pero volviendo al documento anterior, no conocemos la fecha del robo de los cien esclavos. Únicamente nos dicen que, tras esperar en vano la compensación prometida y viendo que el almirante Diego Colón ha fallecido, el bueno de Juan de Espinosa pide justicia. No teniendo noticia de otros Sotomayor en América por esas fechas (que en todo caso serían también familiares de Pedro Madruga, pues todas las personas que llevaban y llevan el apellido Sotomayor proceden de un único tronco familiar) sólo podemos suponer que se refiere al propio Cristóbal “Colón” Sotomayor cuando aún vivía. De cualquier forma tenemos aquí otra “casualidad” para sumar a todas las anteriores y a las que están por venir, que no son pocas. Ese favoritismo que muestra Diego Colón hacia un Sotomayor se parece sospechosamente a la posición que adoptaban los reyes cuando se trataba de beneficiar al hijo de Pedro Madruga en detrimento de otros con más derechos.
Tampoco acaban aquí, ni mucho menos, las relaciones entre miembros de ambas familias. En realidad, esto es solamente el principio de una larga amistad que duró siglos.

Colón Gallego. Cristóbal Colón de Sotomayor.

 

Cristóbal de Sotomayor era hijo de Pedro Madruga, nuestro Cristóbal Colón. Bajo las órdenes de Ponce de León fue el primer colonizador de Puerto Rico, y el mayor propietario de la isla. Gozó de más privilegios y posesiones que su propio Capitán. Allí fundó dos villas, bautizadas una como Távora (en honor de su madre, Teresa de Távora, condesa de Caminha, o Camiña) y comoSotomayor la otra. Allí vivió además una historia de amor, la primera documentada entre un caballero de Castilla y una indígena. Murieron asesinados los enamorados por el hermano de la indígena, un cacique receloso (con razón receloso).

Escudo_Poio escudo-puerto-rico

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A este Cristóbal de Sotomayor se le conoce aún hoy en Puerto Rico como Cristóbal «Colón» de Sotomayor, como podemos comprobar si nos detenemos unos segundos en la lectura de la web oficial del Gobierno Municipal de la Aguada, nombre actual de la antigua Villa de Sotomayor:

«En los años 1508-1510, Ponce de León ordenó a su lugarteniente, Don Cristobal Colón de Sotomayor, fundar la segunda población de la isla en la región de el Puerto de los Pozos de la Aguada de Colón.»

Los motivos por los que a un hijo de Pedro Álvarez de Sotomayor se le da el apellido Colón son obvios para quienes sostenemos que el tal Pedro Álvarez y Colón eran una misma persona. A fin de cuentas, de otro hijo de Pedro Madruga, llamado Diego de Sotomayor, dijo Francesillo de Zúñiga a principios del siglo XVI: «Parece hijo bastardo de Colón, el Almirante de Indias». Por tanto, tenemos ya a dos hijos de Pedro Madruga de quienes se sostiene que eran hijos de Colón.

Sabemos que los Colón pontevedreses eran de Poio, y sabemos, tal como demostró Don Celso García de la Riega en los orígenes de la tesis del Colón Gallego, que la familia Sotomayor era propietaria de una finca colindante con la de la familia Colón.

Para los curiosos, ofrecemos arriba el escudo de Poio. Bajo éste, el de Puerto Rico, primer escudo de América, que data de los años en que la isla fue colonizada por Cristóbal «Colón» de Sotomayor. Apreciemos las semejanzas.

Para los incrédulos, ahí va el enlace de la página oficial del Municipio de Aguada, lugar llamado originalmente Villa de Sotomayor. Si buscamos el apartado titulado «Otros Datos», leeremos con nuestros propios ojos cómo al hijo de Pedro Madruga le dan el apellido del descubridor de América.

http://areciboweb.50megs.com/pr/aguada.html

Por cierto, y ya que últimamente tratamos de ocuparnos de vez en cuando en rescatar del olvido a pontevedreses ilustres, resaltemos que Cristóbal de Sotomayor, además de colonizador de Puerto Rico, ejerció de paje, junto a los hijos de Colón, del Príncipe Juan de Castilla, hijo de los Reyes Católicos. Pasó luego al servicio del Príncipe de Gales. Participó en la Armada de Flandes y ocupó el cargo de secretario personal de Felipe el Hermoso. Todo eso lo hizo antes de dirigirse a América. Tristemente, nadie se acuerda hoy enPontevedra de Cristóbal «Colón» de Sotomayor.

También he ofrecido en esta otra entrada una biografía completa (creo que la más completa escrita hasta hoy) de Cristóbal Colón de Sotomayor.

Ponemos banda sonora. «Hai un galego na lúa».

Hasta en la Corte de Castilla le llaman Pedro!

original Lucio marineo con marca

libro de Lucio Marineo

Lucio Marineo Sículo, era el confesor de Isabel la Católica. Una prueba más de que en la corte castellana se conocía muy bien al conde de Camiña, Pedro Madruga, es que hasta este confesor de la reina le llama Pedro Colón en su obra De laudibus Hispaniae Libri VII, publicada en Burgos en 1496, primera versión de la posterior De rebus Hispaniae memorabilibus Libri XXV (Alcalá, 1530).

 En la  imagen superior tenéis el original de 1530, en latín, y debajo una traducción posterior de un facsímil, ya en castellano, donde menciona que «enviaron a Pedro Colón con treinta y cinco naos, que dicen carabelas, y con gran número de gnte a otras yslas mucho mayores que tienen minas de oro… »

 Los historiadores dicen que es un error del autor, a pesar de que lo repite en el lateral del libro como referencia. Pero el error es de ellos, no de Marineo, que sabía muy bien quien era el Almirante: Pedro Madruga de Soutomaior.

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El bautizo de los indios Cristóbal y Pedro en Guadalupe

Hacía tiempo que andaba detrás de los datos del bautizo de los indios de Colón. Sabía que habían venido con él en su primer viaje, al menos en la Pinta, y que al desembarcar en Baiona (Pontevedra) algunos de ellos fueron enterrados al pie del Monte Real, donde se haya emplazado el parador actual de Baiona. Eso es lo que había oído, entre la maraña de datos que rodean al almirante misterioso. Pero colón no desembarcó en la villa del sur de Pontevedra, sino que se había dirigido en el otro barco, la Niña, no hacia Galicia como sería lo lógico, sino hacia Lisboa, a través de la tormenta. Todo ello con el fin de no atracar en Baiona…

Ésta villa pertenecía a las antiguas posesiones de Pedro Madruga (alias de Cristóbal Colón), donde éste podría ser fácilmente reconocido por sus antiguos vasallos, y dado que estaba oficialmente muerto -tras su acuerdo con los reyes católicos-, Colón no podía romper ese pacto, o podía perder  todo lo acordado en Santa Fe. Eso era precisamente, lo que le obligaba a navegar hacia Lisboa, en plena tormenta, donde  atracó con el barco casi desguazado.

Colón llevaba ya indios en ese primer viaje de vuelta, como testimonio de primera mano de su descubrimiento, y tenía interés por convertirlos en traductores de sus futuros viajes, y también los enseñaba -junto a animales exóticos, oro y productos de aquellas lejanas tierras- a los reyes y nobles que acudían en tropel a recibirle, tanto en Portugal como en España. Estos primeros indios que trajo -de los que poco se sabe- fueron cristianizados en Barcelona, y brindados allí a los reyes católicos. Sin embargo, a la vuelta de su segundo viaje, en Junio de 1496, Colón traería consigo a dos indios más para convertirlos en traductores, y los bautizó en el monasterio de Guadalupe, en Cáceres. Aqui tenemos otra prueba más de la identidad del noble gallego, pues en su bautizo al catolicismo les impuso el nombre de ¡Cristóbal y Pedro! casualmente, los mismos nombres de Pedro Madruga y su alter ego, Cristóbal Colón. Sigue leyendo El bautizo de los indios Cristóbal y Pedro en Guadalupe

CRISTOBAL COLÓN, EXPERTO NAVEGANTE

C.CoL.

La tesis  gallega del origen de Cristóbal Colón, afirma que Colón y Pedro Álvarez de Sotomayor, eran la misma persona, las propias palabras del Almirante así lo avalan, hoy se sabe dónde y cómo aprendió a navegar.

No existen dudas respecto a que Cristóbal Colón era un experto navegante,  carteaba, medía la latitud, y utilizaba el valor de la legua según la escuela portuguesa y gallega, experiencia que se obtiene a lo largo de varios años navegando. Colón  lo aprendió gracias al apoyo de familiares, conocidos y amigos de su padre Fernán Yáñez de Sotomayor.

Fernán Yáñez de Sotomayor,  padre de Colón, era un  importante armador de Pontevedra y tenía la capitanía de barcos propios, tenia tratos comerciales  en el Atlántico y Mediterráneo con otros corsarios, que eran  familiares y amigos.

Con  respaldo en el corso se ejercía la piratería, el pirata gallego Gonzalo Correa, atacaba las rutas comerciales del Atlántico y norte de Europa, refugiándose en las costas pontevedresas,  con el claro consentimiento del padre de Colón. Sigue leyendo CRISTOBAL COLÓN, EXPERTO NAVEGANTE

La Gallega

Notas recopilatorias del libro «La Gallega» de C.Gª de la Riega

Como la mejor fuente, y más documentada, sobre la Nao capitana de Cristóbal Colón, es el libro de D. Celso Gª de la Riega titulado “La gallega” recogemos aquí un documento que el autor describe en el décimo capítulo de dicho libro, sobre un contrato de un flete que se realiza en 1489 en el que se enumeran las mercaderías que transporta y las rutas marítimas que realiza el navío. Como todo contrato comercial de la época está escrito con arreglo a las normas y modos de redacción que se usaban entonces, está lleno de abreviaturas, signos y vírgulas que hacen especialmente dificultoso el interpretarlo en algunos tramos. Pero sin lugar a equivocarnos, las interpretaciones que realiza D. Celso nos parecen bastante adecuadas y perfectamente argumentadas y razonadas, teniendo en cuenta las circunstancias de cómo se redactaba en aquella época este tipo de documentos.

 

En este documento hay dos alusiones a la embarcación en distintos momentos de la redacción, uno es el siguiente:

«por ende en nom do «dito a° vaasqs po el e po vertude da dta «carta de pder Afreto de vos ferna cervyño «besiño da dta villa o boso nabio | q deus salue q dise por nom sta m (Santa María) «o q 1 agora esta a o porto da pont da dta «villa de pontvedra pa q plasendo a deus « o d ° a ° vaasqs ¡ carrege o d ° navio de sal «en o prto da dta villa de a veiro | pa a dta «villa de pontvedra ou pa a villa de pdron.

La versión actual sería:

Por lo tanto en nombre del dicho a, ustedes o vosotros, por virtud de dicha carta de poder acerca de usted Fernando Cervyño vecino de la dicha villa, su navío que dios cuide y que dice por nombre sta m(Santa Maria) y que ahora está en el puerto del puente de la dicha villa de Pontevedra y que placiendo a dios y a todos ustedes, cargue el dicho navío de sal en el puerto de la dicha villa de Aveiro para la dicha villa de Pontevedra o para la villa de Padron. Sigue leyendo La Gallega