Sistematizem-se por ora, os dados já levantados.
Para tal sugere-se uma breve viagem de cabotagem ao longo da costa atlântica portuguesa. Seguir-se-á o mapa de Fernão Álvares Seco, denominado “Portugal deitado”, datado de princípios do século XVII, talvez o mais antigo que se conhece a representar com elevado grau de fidelidade a fronteira marítima, permitindo uma aproximação mais fidedigna ao contorno existente no século XV, e hoje, em certos pontos, já adulterado. O objectivo será reconhecer em que medida, Pedro de Soutomaior, se relacionou familiarmente, com a geografia humana do litoral português.
Caminha: aqui recebeu Pedro, por dote matrimonial, os direitos da moeda velha detidos pelos Távora; em 1475 recebeu igualmente, a mercê do seu condado.
Viana da Foz do Lima (actual Viana do Castelo): pertença de seu concunhado D. Pedro de Meneses, marquês de Vila Real, casado na casa de Bragança.
Ponte de Lima: limite navegável do rio Lima, era vila dominada por Leonel e João de Lima, viscondes de Vila Nova de Cerveira, seus parentes próximos e também, respectivamente, tio materno e primo co-irmão de Teresa de Távora.
Esposende, Fão e Vila do Conde: pertença da casa ducal de Bragança. Pela ligação que manteve com o primogénito D. Afonso – de que nasceu um filho – Brites de Sousa, prima co-irmã de Teresa de Távora, era tia paterna de todos os filhos de D. Fernando, o segundo duque de Bragança.
Matosinhos, Gaia e Porto: toda a região da foz do Douro era dominada por João Rodrigues de Sá, alcaide-mor da cidade, sobrinho de seu irmão João Gonçalves de Miranda Soutomaior. Sigue leyendo O «mar português» de Pedro Colón (IV) – Cabotando a costa