Que me perdoe o meu amigo Rodrigo Cota pelo pseudo-plagio em que acabo de incorrer!
Que me perdoem igualmente os seus conterrâneos se por uma pequena vila do interior beirão português faço substituir a bela Pontevedra.
É que nenhum outro título assentaria tão bem ao que em seguida vou relatar, como o que me atrevo a fazer encabeçar estas linhas.
Acontece que o “puto” Jorge se criou nessa vila de Alpedrinha, corriam as primeiras décadas do século XV. Não se entendem os historiadores sobre a sua filiação nem data em que veio ao mundo. Fazendo fé na sua lápide tumular, o Jorge iria viver 102 anos! Feito digno de registo se acaso em épocas tão remotas já se bebesse cerveja Guinness e os frades copistas se entretivessem com o “estranho e fascinante mundo dos recordes”!
Sem ilusões e lendo as entrelinhas documentais, Manuela Mendonça, historiadora e a sua mais recente biografa, sistematizou em D. Jorge da Costa, Cardeal de Alpedrinha, editado em 1991, que o rapaz terá nascido provavelmente em 1416, filho de um humilde Martim Vaz e, procurando um futuro melhor terá calcorreado as estradas da vida enquanto jovem, acabando a estudar Latim, Filosofia e Teologia no Colégio de Santo Elói em Lisboa, “apadrinhado” pelo Reitor Padre João Rodrigues, e ordenado presbítero em meados dos anos 40. Sigue leyendo O Xadrez de Tordesilhas: Colón, «Alpedrinha», Caminha – Parte 1 – O “Príncipe”