Colón, Español. Hijo de Pontevedra: José Rodríguez Martínez

Colón, Español. Hijo de Pontevedra: José Rodríguez Martínez

 

 

Más conocido con el sobrenombre de «Médico Rodríguez» , nació en A Coruña, ciudad donde ejerció esta profesión. Fue amigo íntimo de García de la Riega, y en 1920 publicó el libro «Colón, Español. Hijo de Pontevedra» que prologó Antonio Rey Soto.

El libro contiene información que hace referencia a nombres de Colonianos que participaban y colaboraban en la asociación Pro-Colón gallego.

Cristóbal Colón, natural de Pontevedra: Enrique María de Arribas y Turull

Cristóbal Colón, natural de Pontevedra: Arribas y Turull

 

En el año 1913, se daba a la estampa en Madrid, un folleto reproduciendo la conferencia en el Ateneo, «Cristóbal Colón, natural de Pontevedra».

Abogado que defendío la tesis de La Riega. lo nombra Enrique Zás
Rafael Calzada: Que dió en España brillantes conferencias ocupándose extensamente del asunto.


«Diputado por Cuenca 1916.- Ahí por fins de Abril de 1914 — como, decerto, toda a gente se lembrará ainda —o sr. dr. D. Enrique de Arribas y Turull, advogado galego, efectuou, na ampla sala Portugal da Sociedade de Geografia, de Lisboa, uma conferência subordinada ao título estrondoso: Cristobal Colon, natural de Pontevedra. Nessa celebérrima conferência — não será descabido, talvez recordar aqui de novo — o orador preconizava a teoria moderna da naturalidade galaica do descobridor da América, segundo os trabalhos históricos do seu conterraneo D. Celso Garcia de La Riega, que fôra o primeiro a proclamar a novidade no seu livro Colon Español: Para firmar melhor a sua argumentação, D. Enrique Turull referiu-se, largamente, a uns documentos antigos, descobertos por D. Garcia de La Riega, manuscritos de grande valor — segundo a sua maneira de vêr — por se achar consignado nêles o facto incontroverso da naturalidade galaica do denodado nauta que deu um novo mundo ao mundo. E — verdade, verdade — êsses documentos referentes na sua maioria, aos Colons de Pontevedra, citados pelo conferencista, produziram uma viva emoção no culto auditório dessa noite memorável. Mais ou menos, os ouvintes sentiram-se abalados e propensos a acreditar nessa espantosa documentação, pois vinte e um documentos, vinte um pergaminhos amarelecidos pelos séculos, vinte e um manuscritos gatafunhados da era de 1413 a 1529, afirmando e comprovando a esplanada teoria, não são coisas para desprezar e pôr em dúvida! De resto, todos os membros conhecidos da família do denodado nauta figuravam nêsses documentos célebres: os irmãos, os filhos e até o proprio pai e a mãe!… Eu tive conhecimento dos assuntos tratados nessa conferência apenas pelo relato dos jornais do dia seguinte. Achei comprovações excessivas, analogias demasiadamente flagantes, tópicos singularmente palpáveis, e éssa superabundância de documentos autênticos fez-me nascer uma suspeita… Ruminando-a, durante algum tempo, procurei maneira de me poder informar, o mais detalhadamente possível, do conteúdo dêsses famosos documentos de Pontevedra, e quando o consegui, em parte, pareceram-me tão deficientes, tão vagos, tão poblematicos, tão despidos de importância e interêsse, que me enchi de coragem para estudar o complexo problema colombino e reivindicar para Portugal a glória de ter dado ao mundo o marinheiro ilustre que descobriu a América. Em Agosto dêsse ano, porém, estalou a guerra europeia, emocionando o mundo inteiro. Fui forçado a suspender os meus estudos colombinos, os meus trabalhos de investigação histórica sobre o assunto, durante o tempo que estive ausente da metrópole, durante os meses que permaneci em Mossamedes fazendo parte da expedição do Sul de Angola, contra os alemães. Quando regressei de África — em Maio de 1915, por motivo dum desastre, — continuei desde logo, na tarefa que com tanto gôsto e afinco encetára. Os famosos documentos dos Colons espanhois não me intimidavam, tanto mais que a suspeita continuava a ferroar-me como um caruncho obstinado… e o meu espírito, anciadamente, previa uma torpeza! Ah! se eu pudesse ir á Galiza vêr, rebuscar, analisar, meter o naris nos papeis de Pontevedra — pensava de contínuo, de mim para comigo. No entanto, ia trabalhando sempre com ardor, com fé, com entusiasmo. E, final mente, em 23 de Novembro dêsse mesmo ano, consegui apresentar na Academia de Sciências de Portugal a minha memória sobre O carácter misterioso de Colombo e o problema da sua nacionalidade, em que refutava a pretendida nacionalidade espanhola do imortal nauta, opondo, honestamente, uma novíssima argumentação portuguesa. Transcrevo, em seguida, a resposta que nessa memória dei ao sr. Arribas y Turull sôbre o assunto em questão:

«Colombo é espanhol, nasceu em Pontevedra, — afirma-se. «Quem primeiro o afirmou, em terras de Espanha, foi Celso Garcia de La Riega, erudito investigador histórico; e foi o sr. dr. D. Enrique Maria de Arribas y Turull — distinto advogado — que veio preconizar na nossa terra, por meio de conferências publicas efectuadas em Lisboa e Pôrto, esta verdade evidente, segundo a sua maneira de vêr.» «Ora eu — que a época me encontrava em Beja, absorvido nas ocupações da minha vida profissional, — não assisti a essas interessantes prelecções, mas adquirindo há tempo o livro que o ilustre conferente publicou sôbre o assunto, li-o atentamente, e tão atentamente o li que não posso deixar de refutar certas afirmativas exóticas que na referida obra são feitas, em especial, nas referências directas ao nosso país.([1]) «Depois de, para defesa da sua tese, ter apontado algumas analogias de nomes entre as terras baptisadas por Colombo, no Novo Mundo, e uma igreja — San Salvador, uma bahia — Puerto Santo, — uma praça, — La Galea — e quatro confrarias de Pontevedra, — San Miguel, Santa Catalina, San Nicolás e San Juan Bautista — mas sem se recordar, talvez, de que «sôbre simples homonímias no se puede cimentar nada solido en la história» — como tão criteriosamente disse Garcia de La Riega ([2]) acrescenta o sr. Turull a pág. 77 do seu curiosissímo livro: «De todo lo expuesto deducimos, que ni una sola vez se le ocurre a Colon imponer a sus descubrimientos un nombre italiano o portugués, o que por lo menos recuerde cosa alguna de estos países». «Ora não se pode ser menos exacto! Colombo impoz, de facto, alguns nomes portugueses ás novas terras descobertas, e tão portuguesas são essas denominações que nem a própria Pontevedra — com os seu famosos documentos! — poderá contestar. «A um porto e a um rio, recendescobertos, deu o grande navegador estes dois nomes inconfundiveis: — Puerto de Santa Maria de Belen e Rio de Belen. «Onde encontra o sr. D. Enrique Turull nomes identicos em Espanha? Não os pode encontrar lá porque são bem portugueses, pois Rio de Belem designa o Rio Tejo em frente de Santa Maria de Belem, que era por esse tempo uma pequena povoação ao ocidente de Lisboa. «Mas ha mais ainda. «Colombo baptisou duas ilhas novas, com o nome de S. Tiago e Santa Maria, respectivamente. Ora S. Tiago é uma das ilhas do arquipelago português de Cabo Verde, e Santa Maria aquela ilha dos Açores a que ele intencionalmente arribou no dia 18 de fevereiro de 1493, regressando já da sua primeira viagem ao ocidente. «Se no século XV havia, em Pontevedra, uma praça chamada La Galéa e uma bahia com o nome do Porto Santo, também na ilha da Madeira — onde Colombo viveu algum tempo — havia a ponta da Galé, e Afonso Baldaia, em 1436, tinha dado nome identico a um cabo que descobrira na costa da Africa; e Porto Santo sugere logo o nome daquela ilha onde o ousado navegador residiu com os seus parentes portugueses da parte de sua mulher, sendo fácil, portanto, determinar porque motivo assim denominou uma enseada de Cuba e um cabo da ilha Trinidad. «Para demonstar ao sr. dr. Turul1 que é menos verdadeira a sua desconforme afirmativa de que ni una sola. vez se le ocurre a Colon imponer a sus descubrimientos un nombre italiano o portugués, o que por lo menos recuerde cosa alguna de estos paises», indicarei alguns, a seguir, onde a homonimia é flagrante. «Vejamos, pois: «A um cabo da ilha Fernandina chamou Cabo Verde, — o cabo Cabo Verde, em África, fôra descoberto pelo português Diniz Fernandes, em 1444. «Puerto de Santa Catalina, em Cuba, — o cabo de Santa Catarina tinha sido o limite das descobertas de Portugal no reinado de D. Afonso V, e havia uma ponta de terra, na ilha da Madeira, com o mesmo nome. «Puerto de Santa Maria, na ilha Espaniola, — porto de identica denominação na ilha do Sal do arquipelago de Cabo Verde. «Isleu Cabra, — ilha das Cabras, na Costa de S. Tomé. «Isla Santa Cruz, — portos de Santa Cruz nas ilhas da Madeira, Graciosa e Flores. «Vale del Paraizo, — foi em Vale do Paraizo, povoação perto de Vila Franca de Xira, que Colombo foi recebido por D. João II, de Portugal, e onde esteve hospedado trez dias, em Março de 1493, quando, vindo de regresso da descoberta do Novo Mundo, arribou a Lisboa, intencionalmente. «Rio del Oro, — o rio do Ouro, no continente africano descoberto de 1436, por Afonso Baldaia, e rio de nome identico na ilha de S. Tomé. «Isla Guadalupe, — costa de Guadalupe, ilha de S. Tomé. «Islas San Christovam, San Miguel, e San Thomás, — das ilhas dos Açores assim denominadas; a ilha de S. Tomé tambem fôra, primitivamente, conhecida por S. Tomás. «Islas de Nuestra Señora de las Nieves, — Santa Maria das Neves, bahia a que chegou Alvaro Fernandes no tempo do infante D. Henrique, e nome dum monte que se avista do mar, na costa ocidental de Portugal, entre o Cabo da Roca e Peniche, muito conhecido dos nossos mareantes que lhe chamam tambem Alto de Manjapão. «Islas San Vicente e Santa Luzia, — ilhas do arquipelago de Cabo Verde. «Cabo Cabrão, — ponta do Bode, na ilha da Madeira. «Rio del Sol, — ribeira da ponta do Sol, na Madeira. «Cabo de S. Vicente, — Cabo de S. Vicente, no extremo ocidental da provincia do Algarve. «E, não cito mais, para me não alongar demasiadamente. «Mas se bem que não creia — como crê o sr. Turull, — que o descobridor da America fosse impondo nomes de igrejas e confrarias ás ilhas que via pela primeira vez — pois denominava-as, certamente, conforme as analogias topograficas de outras terras conhecidas e evocadas das reminescencias das suas viagens anteriores, — no entanto, a mero titulo de curiosidade, pois «sobre simples homonimias no se puede cimentar nada solido en la historia», apontarei algumas coincidencias de denominação, que topei no decurso dos meus trabalhos, entre localidades alentejanas e as novas regiões por ele baptisadas, convindo advertir nesta altura que D. Filipa Moniz — com quem casou — era duma familia oriunda do Alentejo, e que Diogo Gil Moniz — tio materna de D. Filipa — foi reposteiro-mór do infante D. Fernando, senhor de Beja, onde tinha casa. «Á primeira ilha descoberta no Novo Mundo pôz-lhe Colombo o nome San Salvador, — «a comemoracion de Su Alta Magestad al cual maravillosamente todo esta ha dado» — (S. Salvador, paróquia de Beja desde 1306). «Á segunda ilha encontrada chamou Concepcion, (convento da Conceição, fundado em Beja pelo infante D. Fernando, em 1467). e Sr.ª da Conceição, nas proximidades de Colos. «Isla Santa Maria la antigua, (Santa Maria da Feira a mais antiga paróquia de Beja, que foi mesquita de mouros e cujas memórias mais remotas datam de 1282). «Isla de San Juan Bautista, (S. João Baptista, paróquia de Beja desde 1320). «Isla San Thiago, (S. Thiago Maior, paróquia de Beja desde 1329). «Isla San Bartolomeu, San Martinho, Santa Cruz, San Miguel, Santissima Trinidad, Santa Luzia, Santa Margarida, Espírito Santo, Nuestra Señora de las Nieves, (S. Bartolomeu da Serra, S. Martinho das Amoreiras, Santa Cruz, S. Miguel do Pinheiro, Santíssima Trindade, S. Luzia, S. Margarida da Serra, Espírito Santo e Nossa Senhora das Neves, povoações no termo de Beja). «Isla Guadalupe, (Serra do Guadalupe que se avista do castelo de Beja, para o lado de Serpa) e Sr.ª de Guadalupe, perto da Vidigueira. «Islas Juana, Cubanancan, Colba ou Cuba (Vila da Cuba, ao norte de Beja). «Castelo Verde foi a primeira fortaleza fundada por Colombo, na América, (vila de Castro Verde, ao sul de Beja). «Tinha o apelido de Esquivel o primeiro governador da ilha de S. Tiago e, presentemente, há ainda a rua do Esquivel em Beja. «Com respeito á analogia de denominação, a cidade portuguesa Beja e seu districto leva a palma á de Pontevedra, como se vê e constata pelo mapa que adiante publicamos! Se a Galiza apresenta sete nomes identicos, apenas; o Alentejo fica-lhe muito superior neste ponto, sem ser necessário incluir as confrarias… «Diz, também, o ilustre autor do Crisiobal Colon natural de Pontevedra, que Colombo no supo el idioma italiano ni el portugués. «É arriscado, porém, fazer uma afirmação dêste quilate sabendo-se, tanto mais, que viajou e conviveu com portugueses, que casou com uma dama da aristocracia portuguesa, que residiu em Lisboa, na Madeira, em Porto Santo e, talvez, nos Açores, etc. Mas o sr. D. Enrique Turull, para afirmar tal, baseia-se em o famoso nauta ter escrito, no seu Diário de Navegación, esta passagem:

«… en el Catay domina um principe que se llama Gran Kan, que en nuestro romance significa rei de los reis…»

«E, por isto, conclue que o grande Almirante dice que el castellano és su romance, que é como se dissesse que a língua castelhana era a sua própria língua, o seu idioma natal. Ora o Diário, da primeira viagem de Colombo, que chegou até nossos dias; não é o auténtico, o primitivo, o original, pois foi coordenado por Las Casas, que alterna a sua linguagem com a do navegador. O trecho citado e transcrito pelo sr. Turull, como argumento de pêso, vem precisamente no preambulo, e esse preambulo, acrescentado depois, parece mais do coordenador, pelo estilo do que do próprio punho de Colombo ([3]). Mas suponhâmos que foi, de facto, o descobridor da America o auctor dessas linhas; elas nada significam para se poder deduzir e afirmar a sua nacionalidade espanhola porque o grande nauta, mesmo como estrangeiro, ao traduzir a frase duma lingua desconhecida para os reis de Castela — aos quais se dirige no preambulo — podia, muito belamente empregar a expressão nuestro romance tal qual como o alemão Valentim Fernandes, que escrevendo em português ahi por 1506, as suas Chronicas das ilhas do Atlantico — que fazem parte do celebre manuscrito de Munich, de que existe uma cópia na Biblioteca Nacional de Lisboa — empregava periodos como estes;

«Arvores nascem nesta ilha da Madeira de muitas sortes e diferenciadas das nossas delas e delas não». «A sua feição é fóra das nossas arvores». «E esta arvore não tem nenhuma feição das nossas arvores porém se quer parecer acerca como a cerejeira». «Toda esta ilha é cheia de arvores e diferenciadas das nossas salvo figueiras e parreiras que os portugueses lá levarão». «Das outras aves já todas são da arte das nossas terras». «Ovelhas ha nesta ilha tão grandes como de Portugal, e não teem lan se não no papo, e todo outro é cabelinho curto, como cão de nossa terra».

«Mas pelo facto deste estrangeiro, escrever em português, nossa terra poder-se-ha deduzir que ele nascera em Portugal? Não, evidentemente. Logo Colombo podia muito bem escrever nuestro romance — traduzindo assim essa passagem da carta em latim que recebera de Paolo Toscanelli, — sem que por isso quizesse designar a sua nacionalidade espanhola. Alegam tambem, os partidarios da naturalidade galaica do imortal descobridor, que ele, numa das suas cartas dirigidas aos Reis Católicos, escreveu isto: «Llego a un mundo nuevo y bajo un nuevo cielo, y és cosa maravillosa ver las arboledas y frescuras y el agua clarissima y las aves y amenidad que invitan a permanecer contemplando tanta hermosura. Hermosura de la tierra, tan solo comparable con la de la campina en Cordoba, aire embalsamado, puro como el de Abril en Castilla canto del ruisenor como en España, montañas en la Isla Juana (Cuba) que parecen llegar al cielo, copiosos e saludables rios, immensa variedad de arboles de gran elevacion con hojas tan reverdecidas y brillantes, cual suelen estar en España en el mes de Mayo y siete u ocho variedades de palmas, Superiores a las nuestras en su belleza y altura… ([4]) «Ora estas comparações não servem de argumento porque não comprovam — como pretende o sr. dr. Turull que o ousado navegador nasceu em Pontevedra; não palpita nelas o espírito nativo — como tenta insinuar o distinto advogado — mas demonstram apenas, muito simplesmente, a necessidade lógica dos confrontos, pois é bem natural que o estrangeiro Colombo evocasse regiões conhecidas dos monarcas de Castela para lhes pintar a beleza das novas terras descobertas. Ilógico e descabido seria êle referir-se, nos seus descritivos, as regiões portuguesas por onde tinha andado, que a rainha Izabel e o rei Fernando não conheciam. decerto. «O alemao Valentim Fernandes, que já citei, faz comparações identicas, estabelece os mesmos confrontos, não com o calor exuberante e meridional do célebre nauta, concordo, mas sucintamente, lacónicamente, com o ar frio e rápido dum verdadeiro germânico. Referindo-se a ilha da Madeira diz êle na sua Chronica.

«E tem todas as frutas que ha em Portugal afóra cerejas» . «Dos peixes a metade são differenciados dos de Portugal». «Escrevendo em português, e para portuguêses, não seria risível que êste cronista se puzesse a evocar a sua pátria alemã? Ora Cristovam Colombo seguiu a mesma orientação, muito naturalmente. «Mas o descobridor da América, ao referir-se as belezas de Maio e ao canto do rouxinol, designa a Espanha, em absoluto, e nesta comparação pode abranger Portugal, tambem, onde canta o rouxinol e Maio reverdece deslumbrantemente. É muito possivel que até fosse esse o seu fim, que tivesse isso exclusivamente em vista, atendendo a não ter determinado nesse ponta região alguma de àlem-fronteiras, e ter baptisado uma das ilhas descobertas com a significativa denominação de Espaniola. «Os escritores portuguezes, antigos, usavam então muito essa designação exclusiva para indicar toda a peninsula Ibérica. «O cronista-mor Damão de Gois, aludindo a fauna de Sintra, deixou escrito:

«… ha nela muita caça de veados, e outras alimarias, e sobretudo muitos, e muito boas frutas de todo o genero das que em toda Hispanha podem achar…»

«E, referindo-se á chegada de Vasco da Gama a Calecut, por ocasião da sua primeira viagem á India, esclarece melhor:

«… até que forão dar com dous mercadores de Tunez dos quaes hun per nome Monçaíde fallava castelhano, que em o degradado entrando pola porta da casa, conhecendo no trajo que era Hispanhol lhe perguntou de que nação da Hispanha era, e sabendo que portuguez lhe mandou dar de comer…» ([5]).

«Por argumenta supremo, por prova irrefutável, — segundo a opinião do ilustre advogado — há, ainda, os documentos de 1413 a 1529, escritos em galego, onde o apelido de Colon aparece frequentes vezes, que desfralda nas paginas do seu livro como uma bandeira vitoriosa mas… nuns fac-similes tão apagados e tão reduzidos que é impossivel lêr-se alguma coisa!… «Ora se na escritura de 14 de Outubro de 1495, que cita, se fala em «la heredad de Cristobal de Colon — el proprio Almirante, como afirma, — e se tal Cristobal Colon era, de facto, o descobridor do Novo Mundo com propriedades em Pontevedra, como poderia ele declarar-se estrangeiro, em Castela, e escrever em 1498, um documento oficial:

«La dicha ciudade de Genova, de donde yo sali y donde yo naci…»

quando havia muito já que a fama de seu nome enchia o mundo inteiro e… até mesmo a própria Galiza?! «Mas nos documentos de Pontevedra aparece, tambem, o apelido Fonterosa — que o sr. dr. Turull diz ser o da mãe de Colombo. Ora foram os modernos genealogistas italianos que tendo descoberto uma Suzana Fontanarrossa, casada com um tal Domenico Colombo, supuzeram que devia ser a mãe do denodado marinheiro. «E assim, o distinto advogado galego, pretendendo refutar a nacionalidade italiana do descobridor da América, contradizendo-se, vai insensivelmente… seguindo os italianos!» Quando publiquei o que deixo transcrito nos «Trabalhos da Academia de Sciências de Portugal» ainda não tinha sentido a exalação acre da mentira, ainda me não tinha ferido o olfato o bafo nauseabundo da fraude estupenda!… Os famosos documentos de Pontevedra teem uma história nojenta que repugna aos historiógrafos sérios e aos investigadores honestos. O meu presado amigo e consócio da Academia sr. Oscar de Pratt teve a extrema gentileza de me chamar a atenção para o «Informe que presenta a la Real Academia Galega de la Corunha el individuo de numero D. Eladio Oviedo y Arce, sobre el valor de los Documentos Pontevedreses, considerados como fuente del tema Colon Español, propuesto primeramente por D. Celso Garcia de La Riegà, y ahora renovado por sus continuadores», trabalho monumental de crítica, erudição e desassombro, publicado no n.º 122, ano XII, do Boletim da mesma Academia, de 1 de Outubro de 1917. Ainda há galegos honestos, felizmente, e entre eles deverá incluir-se, para o futuro, o saudoso Oviedo y Arce, benemérito da História. Com uma honestidade muito de louvar, o escrupuloso paleógrafo analisou, com a maior atenção e cuidado, os famosos documentos de Pontevedra e, com uma honestidade muito mais de louvar ainda, veio dizer, alto e bom som, com desassombro, com altivez, sem rebuço, que êsses documentos famosos tinham sido falsificados, velhacamente. Pois é verdade, e com náuseas, Garcia de la Riega — que o sr. dr. Arribas e Turull enalteceu na Sociedade de Geografia de Lisboa, como sendo o primeiro investigador do seu paiz — era, simplesmente, um falsario! Nos manuscritos antiquíssimos de Pontevedra ele raspou, modificou, substituiu o que muito bem quiz para dar vulto a sua teoria da naturalidade espanhola de Colombo. Portanto os famosos documentas de Pontevedra são nulos, inúteis, para a soluçao do problema colombino, porque no son colonianos, puesto que han sido falsificados en los passages referentes al tema de aquella teoria y carecen, por lo tanto, de todo valor historico en cuanto fuentes del tema Colon Español, segundo diz Oviedo y Arce. Relativamente as obras de Garcia de La Riega, informa o mesmo auctor: «El libro Colon Español» en que este tema se expone, no és mas que una pobre ficcion, una supercheria, que solo por la dañesca a la cultura regional, merece ser desemuascarada para aviso de los unos y ridiculisada para exemplo de los otros». «La Gallega, nave capitana de Colon, otro libro de Garcia de La Riega con ciertas infulas de original, representa una nueva jaceta de la personalidad literaria de este autor quien pretendiendo tratar su tema, a fuer de investigador sereno, que antepone los documentas a la erudicion libresca resulta, no un cientifico, como pedria creerse, si no un «invencionero». «La Gallega» no és una obra historica; és una ficcion amañada con documentas sospechosos y documentos falsificados». Desmascarada assim a intenção velhaca de Garcia de La Riega por um seu compatriota, perdem todo o interesse documental os famosos documentos de Pontevedra, estragados de resto, pelas alterações e retoques do falsificador que os inutilisou até para a própria historia da sua terra. Perante este fracasso de falsificação da Historia, as pretensões galegas á solução do problema colombino desfizeram-se em terra, pó, cinza e nada… Mas não merece a pena ocuparmo-nos por mais tempo de coisas torpes…

[1] V. Cristobal Colon, natural de Pontevedra, por D. Enrique Maria de Arribas y Turull. Madrid, Imprenta de «La Enseñanza» Ruiz, 33, bajo, 1913. [2] V. Crisbabal Colon y Fonterosa, artigo de D. Celso Garcia de La Riega, publicado em «La Ilustracion Española y Americana» de S. de Janeiro de 1902. [3] V. «Coleccion de los viajes y descubrimientos que hicieran por mar los españoles desde fines del signo XV» por D. Martim Fernandez de Navarrete, vol. 2.º [4] Citação de D. Enrique Turull. V. «Cristobal Colon natural de Pontevedra» pág. 159. [5] «Chronica de el-rey Don Emanuel» primeira parte, cap. XXII e XXXIX; respectivamente.

La cuna gallega de Cristóbal Colón: José María Mosqueira Manso

La cuna gallega de Cristóbal Colón: José María Mosqueira Manso

 

José María Mosquera Manso

José María Mosqueira Manso .- (Cosme, La Coruña 1886 – Caracas 1968). Capitán de la Marina Mercante, oceanógrafo e ictiólogo. Realizó investigaciones durante varios años en el río Orinoco sobre su fauna acuática de las cuales hizo algunas publicaciones. Debido a sus apreciaciones geográficas como marino y en base al trabajo de La Riega, publicó en Buenos Aires (1961) «LA CUNA GALLEGA DE CRISTÓBAL COLÓN».

En 1961, la Editorial Citania de Buenos Aires publicó La cuna gallega de Cristóbal Colón, de José Mosqueira Manso. Nacido en Ponteceso en 1886, capitán de la Marina Civil y de la reserva Naval, oceanógrafo e ictiólogo, de ideas republicanas, se exilió tras la guerra española del 36, trabajando en la República Dominicana y Venezuela como técnico pesquero del Ministerio de Agricultura.

Mosqueira estaba convencido del origen gallego de Colón. Tras citar todos los documentos descubiertos por García de la Riega, hacía numerosas consideraciones, entre ellas:

1.- Si Colón fuese genovés resultaría absurdo y hasta contraproducente el ocultar su verdadero nombre Colombo, ya que en aquella época estaban considerados los genoveses como los mejores cartógrafos y oceanógrafos de Europa. En cambio, si dijera que era gallego y judío se le hubiesen cerrado todas las puertas.
2.- Según sus biógrafos, Colón nació en Génova en 1451 y hasta los 23 años ayudó a sus padres en su oficio de lanero (o sea, hasta 1474). Sin embargo, en su Diario, escribe en la bahía de Santo Domingo: «Yo he navegado 23 años en la mar, sin salir de ella tiempo que se haya de contar». Pues bien, si en 1484 entró en España procedente de Portugal y si hasta 1492 no volvió a salir a la mar, entonces esos 23 años «sin salir de ella tiempo que se haya de contar» hay que restárselos a 1484 para conocer la fecha en que empezó a navegar: el 1461. Luego no pudo estar en Génova en el taller de lanero de su padre hasta 1474. Luego tales Colones deduce Mosqueira son dos personas distintas o bien no dice la verdad, como tampoco la dice cuando señala en su testamento que nació en Génova.
3.- Otra disconformidad de fechas: el Almirante declaró en 1505 que había vivido catorce años en Portugal. Si el Colón de los biógrafos genovistas entró por primera vez en Portugal en 1476 «agarrado a un remo» después del combate de Cabo San Vicente, abandonando ese país en 1484 para entrar por «primera vez» en España ¿Cuántos años le corresponden de estadía en Portugal? Si las matemáticas no mienten, sólo ocho. Entonces ese Colón genovés no es el Colón gallego que entró en Portugal en 1470.

4.- ¿Por qué el Almirante no ha bautizado siquiera una sola nave de sus cuatro flotas con los nombres de La genovesa o La savonesa y sí ha bautizado a tres de ellas como La gallega, esto es, la de sobrenombre Santa María del primer viaje, otra en el segundo, naufragada en la costa norte de Santo Domingo en 1495; y otra que participó en el cuarto viaje y fue abandonada en Panamá en abril de 1503?
5.- ¿Por qué Colón no hizo con La niña lo mismo que hizo Pinzón con La pinta y arribó a Lisboa, puerto de muy dificil acceso en invierno por su barra, en vez de a Bayona? Porque tenía miedo a ser reconocido por sus paisanos pontevedreses.


 

 

Por José María Mosqueira Manso (Vasconia Industrial y Pesquera, 1927).
A pescada, canto máis ao Sul, máis pequena e menos branca é. Acontece con frecuéncia nas praias africanas comprendidas de Cabo Sim a Cabo Verde (non sei de troles españois que baixasen desa latitude), ao atopar cantidades grandes de pescada cunha cor tan negra, que xa a coñecen co nome de pescada negra. Ademáis a súa carne é máis mol, e perde diáriamente, despois de pescada, unha cantidade importante de peso. Gostariame saber o por que adquire esa cor, (igual acontece co pargo). Semella como se gardase relación coa cor da raza humana, pasando a cor dsta, de loura nos paises do Norte á negra dos trópicos.

Fixandose na súa forma e ollos, fai subpor non baixen a profundidades superiores a 6oo brazas; agora ben, que muda contínuamente de lugar o estamos a comprobar acotío, pois onde hoxe se pescaron 8oo pescadas, ao seguinte día só se pescan 20 ou 30. Isto obedecerá a que os caladoiros máis castigados polos aparellos de arrastre, estarán pelados de toda vexetación, mesmo das súas raíces, e andarán en bandadas buscando os seus prados. Estamola a obrigar a converterse , de espécie sedentaria, en especie nómada. Observase ao atopar un caladoiro virxe, que se abarrota un barco de pescado ás poucas largaduras. Por que se atopan en grande abondancia nestes, e hai uns tres ou catro anos se pescaban nos caladoiros dos 25° e 26° latitude 13.000 ou 15.000 pescadas en tres ou catro días, e hoxe somente cantidades insignificantes? Se emigrasen a maiores profundidades, igualmente o farian naquela época nestes e hoxe nos primeiros. Non colle dúbida; andan desorientadas buscando fondos povoados de vexetación onde atopar o seu pasto e sítios de desove, mesmo de esparcemento. Gostanos ao home e animais terrestres lugares limpos de toda vexetación? Non; procuramos fuxir deles.

Seria moi convinte dividir en parcelas os caladoiros da pescada actúalmente en explotación polos pescadores españois. Nos caladoiros existintes nas costas galegas, a excepción da Praia nova, podese largar en todo tempo ao arrastre, debido a que estes caladoiros de fondo limpo, forman caleixóns reducidos entre fondos de pedra, manchóns ou pedras soltas e pozos como o de Finisterre, sendo preciso guiarse por marcacións a pontos da costa para non ficar sen os aparellos. Semella como se a Natureza nos quixese favorecer aos galegos, pondo unha limitación ao emprego de tales artes que destrúen ou asolan os fondos aplacerados, como acontece nas praias africanas; e á beira de ditos caleixóns, nas fragosidades do fondo, podan reproducirse as especies.

Desde Ribadeo a Cabo San Vicente, somente a un caladoiro podíaselle tocar; ao da dita Praia nova, sitúado a unhas 20 millas ao N.O. ¼ N. de Cabo Prior; aquí non sería factíbel a división, pero si limitar datas para o emprego do bou, aínda que permitir en todo tempo a pesca con «liña» e palangre. En cambio, aos caladoiros coñecidos e comprendidos entre Cabo Espartel e Cabo Branco do Sul, sería de necesidade, e canto máis antes mellor, dividír as en tales parcelas; pois a maioría, a excepción de catro ou cinco, son de praia moi limpa, debendo actúalmente atoparse todas elas cos seus fondos tan pelados, coma un prado despois de ben segada a súa erva; e aínda peor, como se despois se lle pasase o arado; asi é que as poucas pescadas que hoxe se pescan neles, serán as que van de paso en procura de prados submariños. Teño un estudo formado encanto a tales divisións se refere, pero teño a seguranza de que os patróns de pesca disentirían delas, xa que entre eles os hai que teñen os seus caladoiros favoritos e únicos, e quitálos deles, sería matálos.

Como digo antes, é verdadeiramente moi necesário, e canto antes mellor, o demarcar tales parcelas, ditando ordes severas para o seu bo cumprimento e castigando con man dura aos infractores. Para iso, cómpre contar cun bo servizo de vixiláncia e policia de pesca, que asemade servise para obter dados estatísticos de pesca que merezan crédito e facer observacións práticas e científicas que sirvan para lexislar con acerto.

Para efectúar tales divisións dos caladoiros, presentase un inconvinte e é: que os portugueses tamén pescan de Cabo Sim para o Sul.

Outra das cousas que debía limitarse nas pescas do arrastre, sería a velocidade a que debían navegar os troles (esquecemonos das parellas?) cos seus aparellos longos; non debia de permitirselles navegar a velocidades maiores de dúas millas e media ou tres menos cuarto; coido sería moi práctico, toda vez que se pescaría a mesma cantidade de pescada, ollomol, pescadilla, etc., e en cambio terían máis probabilidades de fuxir por entre as súas mallas a pescadilla-cría e demáis peixes rapaces, toda vez que a menor velocidade, menor peche de mallas; mesmo que as súas portas non se enterrarían tanto nos fondos (isto é o importante), sendo o efecto destructor de parte e xermes moito menor. Patróns de pesca hai, que sen máis discernimento que o seu capricho e ignoráncia (non procuro ofendélos ), ordenan dar velocidades grandes, sen ter en conta que entón as portas se distancian máis, chegando a unirse ambos «burlones», ficando por conseguinte a boca do aparello pechada, asolando ao mesmo tempo os fondos. Estas verdades comprobanse acotío con só ver, que de varios troles que se atopan rastreando nun mesmo caladoiro, hai diferenzas moi grandes na cantidade de pesca obtida no mesmo tempo por cada un dos diferentes patróns. Por que os tres patróns de pesca, ao meu xuízo mellores, chamados Francisco Barral, Benito Vidal e Antonio Santiago “bakú”, embarcados actualmente nos troles «Paco», «Cantábrica n.° II» e «Cantábrica n.° I», respectivamente, nunca fracasaron, dando ao fin de cada ano un rendemento de pesca moi superior aos demáis? Porque estudan, observan, tomaron notas útiles, e hoxe teñen pleno coñecemento do seu ofício.

O primeiro que debe procurar todo patrón de pesca, é o de contar con dous homes moi práticos na maquiniña para filar os dous cabos durante a faena de “argar”, despois moito tacto no goberno do buque para evitar que aparello ou cabos toquen á hélice, e finalmente saber o número de «marcas» exactas (non ao que resulte) de cabo que filar, segundo a profundidade, calidade do fondo e marcha do buque (graduar ben ésta, é factor importantísimo). Despois de contar cos dous homes e coñecementos expostos, é preciso que, tanto a bita como a regala de popa da banda en que van os cabos, sexan o seu asento e apoio respectivamente durante o tempo que se empregue no arrastre, mesmo comer alá para que en todo momento saiba se o aparello está en moita ou pouca profundidade, se toca ou non en rocha, coral, pedras soltas, etc., ou embarra en lama. Cando se larga na maioría das praias africanas e se calan bóias (son precisas debidas ás correntes que alá se senten, e en varias direccións, en todo tempo), entón é innecesario extremar tanto a atención apuntada, a causa de que esa maioria de praias son “aplaceradas” e de area. As «corridas» adoitan ser curtas, navegando a rumbos opostos e tomando a bóia (se se longa ou tende unha soa) como punto de partida e chegada. E dicer, para ser bo patrón de pesca, é preciso, ante todo, reunir as dúas cualidades seguintes: actividade e moito amor propio. Estas dúas indispensabeis cousas, fan á «longa» a «sorte» que chaman moitos; ademáis, os que posúan esas dúas cualidades citadas, nunca achacarán ao chegar a porto sen pescado, aquela inobre desculpa «que o maquinista non me deu a máquina que lle pedin», «que o capitán ou patrón de costa non me acertou co caladoiro que lle indiquei», etc., etc. Hai un sinnumero de patróns de pesca, pero… deixemos correr a «bola»; a maioria dos fracasos son dos armadores. Seguramente que haberá caladoiros virxes cercanos aos actúalmente en explotación, pero temen ao descoñecido. (Oh! e o 4%?) Hai pouco máis dun ano, indiqueille ao patrón de pesca do buque que entón eu mandaba, se querÍa probar nun caladoiro de curta extensión, e próximo ao que estabamos a rastrear, no que confiaba faríamos boa «marca»; contestoume que si iría, pero temía que non acertásemos con el, pois xa lle acontecera a un parente seu, tamén patrón de pesca. Fixenlle a observación, de que se non o atopábamos, me fixese responsábel ante o armador. Non fomos.

Acabemos por hoxe coa indicación dos caladoiros seguintes, deixando aínda vários para outro artigo. Nalgúns dos caladoiros anotados a continuación, poden seguirse outras derrotas, guiandose tamén por marcacións e enfilacións á costa, pero sempre son próximas unhas a outras.

Antes que o esqueza: por que sucede moitas veces, sobre todo nas proximidades de pozos ou pedras, que de dous buques rastreando baixo a mesma derrota, e a distáncia dunha a dúas millas un do outro, o que vai rastreando atrás ergue no aparello maior cantidade de pescado? Despois de remexer os fondos o primeiro buque co seu aparello, ficará para o segundo o que di o dito «A auga ou río revolto, gañáncia de pescadores»? ,Será que ao darse estes casos, o que vai de patrón no buque de atrás, saberá mellor graduar a velocidade e o número de marcas a filar?

Caladoiros da pescada.- Todos os rumbos anotados neste artigo, están reducidos a verdadeiros. (É costume de todos os patróns de pesca, salvo raras excepcións, o saber de memória os rumbos a seguir, pero os magnéticos; e as correccións totais dos compases dos diferentes buques?).

Estaca de Bares.-Comezar a rastexar en 90 brazas de fondo ao demorar o faro da Estaca ao S. 38° E., e navegar ao rumbo de N. 74° E até ter dito faro na demora de S. 74º O., e en fondos de 110 brazas. Nesta «corrida», hai case sempre risco de ter algunha enganchadura en pedras por ir percorrendo as proximidades de manchóns ou grupos delas, pero cómpre arriscarse a fin de obter boa pesca.

Sisargas.- “A Medianía».- Ao ter a medianía da Illa Sisargas enfilada coa punta Oeste do monte de San Adrián e en 270 brazas de auga, largar e navegar ao S. 30° O. até que a medianía de dita illa estexa enfilada coa punta E. do antes citado monte; desde aquí naveganse dúas millas ao S. 75° 0., entón outras dúas millas ao S. 15° E , e a continuación ao S. 75° O. até enfilar Ponta do Roncudo co monte Castelo. Desde aqui é necesário ciabogar e seguir a derrota oposta.

Finisterre.- Largar ao N.O. de Touriñán nunhas 160 brazas de profundidade e navegar ao S. 30° O. até que o monte Pindo enfile coa cortada que divide A Nave da praia de Nemiña; desde aquí arrumbar ao S. 60° E. até enfilar Ponta Buitra con Chorente, emendando entón ao S. 8° O. a procurar a enfilación do Pindo coa ponta Sul Da Nave; unha vez nesta enfilación, arrumbar ao S. 52° O. até atopar moita profundidade e dar a ciaboga.
Xurxo Martínez Crespo.

 

Documentación facilitada por la Hemeroteca de la Diputación de Pontevedra

COLÓN GALEGO

120 AÑOS DE HISTORIA EN UN LIBRO ÚNICO
La obra recoge más de ciento veinte años de investigaciones sobre la tesis de la origen de Cristóbal Colón. Medio ciento de libros dedicados en exclusiva al tema «Colón gallego», y publicados en lugares tan dispares como Manila, Buenos Aires, La Habana, New York o Méjico son condensados en esta imprescindible obra, la primera hasta ahora que recoge paso a paso la historia del Colón gallego.
    • Decenas de documentos avalan la tesis gallega.
    • Más de 120 años de investigación reunidos por primera vez en esta obra.

 

Un esfuerzo ingente de recuperación de material perdido o olvidado hace de esta obra la primera en más de un siglo y la única hasta ahora en la que podremos conocer la evolución de la tesis sobre Galica como patria del descubridor den Nuevo Mundo, tesis apoyada decididamente por personajes de la cultura gallega de la talla de Castelao, Valle-Inclán, Eduardo Pondal, Manuel Quiroga, Emilia Pardo Bazán, Fernández Flórez o el fotógrafo Enrrique Barreiro, autor de «Pontevedra, berce de Colón», a primera película en color rodada en España.

 

 
  • Solamente en Galicia existía el apellido Colón en tiempos del descubridor.

  • El gallego era la lengua materna del descubridor.

  • Historia y reconstrucción de la casa natal de Colón en Combarro (Poio).

 

Casa museo de Colón en Poio (Pontevedra)

 

La primera representación gráfica del descubrimiento permanece en la Iglesía de Santa María de Caldas de Reis, finales del siglo XV.

CARACTERÍSTICAS DEL LIBRO:
Medidas:
Cerrado 235 x 340 mm
Abierto 470 x 340 mm
Papel:
Registro
Color hueso
160 grs
Encuadernación:
Cosido y forrado en tela
Caja:
Tela fialux estampado en oro
Láminas regalo:
500 x 700 mm
6 Láminas del arquitecto Enrique Barreiro
1 Lámina inédita de Castelao
2 Mapas

Los últimos datos sobre la verdadera identidad de Cristóbal Colón.

Edición limitada de 250 ejemplares ante notario.

 

 

 

 
 
 
 
 
 
 

 

Rodrigo Cota:

Lleva más de veinte años ejerciendo como escrito, correcto, redactor y guionista. Premio mejor guión festival «En Curto» por «A obsesión de Gustav Meyer». Guionista del cómic «Centolomán». Mención especial Josep Coll, Premios Entrecómics. Autor de «La loca historia de Pontevedra», ensayo histórico. Colaborador en
distintos medios de comunicación.

Aproveche esta oportunidad única y solicite un ejemplar de los 250 disponibles aquí

 

Entrevista a Rodrigo Cota en la TVG 2011

EMPEZA A SEGUNDA EDICIÓN DE «O DÍA DE COLÓN»

O día de Colón - Presentación y representación de la obra teatral "A familia Colón" en la Casa museo de Colón San salvador de Poio

O comité de organización de «O Día de Colón» xa fixou as datas para a celebración do evento. O acto de presentación terá lugar o sábado 11 de Xuño na parroquia de San Salvador de Poio para logo pasar ó prato forte na fin de semana do 17 e 18 de Xuño (venres e sábado), onde a festa trasladarase á parroquia de Combarro para desenrolar o resto das actividades planificadas e nas que haberá moitas novedades. Seguiremos informádoos das futuras noticias que vaian saíndo. Un cordial saúdo.

O día de Colón - Combarro rinde homenaje a su natural más internacional.

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Carlos de Vilanova: La Clave de Cristóbal Colón

“La historia oficial no aceptará que Colón era Pedro Madruga”

www.DiarioDeFerrol.com JUEVES, 19 DE ABRIL DE 2012 00:00

redacción > ferrol
Procedente del mundo de la sanidad, Carlos de Vilanova (Vedra, 1961) inició hace un par de años una actividad que pasa por la escritura y la edición. Así, creó en Narón la editorial Oeral que alterna temática médica, esotérica y educativa con la investigación histórica. Su último trabajo traerá no poca polémica, “La clave de Cristóbal Colón (El noble gallego que descubrió América)”. Ayer lo presentó en la Galería Sargadelos, hoy lo volverá a hacer en el mismo lugar a las 19.00 horas y el domingo estará también en la Feria del Libro del Cantón.
En su última aportación, Carlos de Vilanova sintetiza la literatura existente sobre el tema, aportando abundantes datos y bibliografía, para sostener que no solo Colón era gallego, sino que era el noble Pedro Álvarez de Soutomaior, Pedro Madruga.

“Hace dos años que trabajo en este libro, pero el tema me interesa desde hace 30 años –comenta Vilanova–. Todo comenzó a partir de 1898 con los estudios de Celso García de la Riega que desmontaban el mito del origen genovés de Colón. Tras la Guerra Civil esta tesis es olvidada y aparecen nuevos orígenes del almirante, que si catalán, que si portugués, etc. Pero en 1991 el investigador italogalaico Alfonso Philippot estudia el árbol genealógico de Pedro Madruga y descubre que tras cambiar de identidad en su exilio portugués, este noble rebelde era en realidad Cristóbal Colón. En este libro incluyo todas las pruebas al respecto que no dejan lugar a dudas. No existe debate posible ya que los datos son abrumadores. De hecho hay un grupo de trabajo en Pontevedra que sigue aportando información sobre el origen real de Colón”.

Gallego universal > Respecto de la posición de la historiografía oficial, Carlos de Vilanova tiene claro lo que va a suceder: “Un dogma es difícil de mover, y tengo claro que ellos no van a aceptar esta tesis. Pero nosotros haremos todo lo posible para difundirla. De hecho estamos preparando un cómic para hacer llegar la historia de una forma más directa y para todos los públicos. Me gustaría que saliese en gallego, pero ya veremos”. En cuanto a la importancia de reivindicar el origen gallego de Colón, para Vilanova es claro: “Colón ha sido no solo el gallego, sino el español más universal. El mundo moderno comienza con el y un navegante de esa dimensión solo podría ser o portugués o gallego. En cualquier caso su origen es un patrimonio del que los gallegos deberíamos estar orgullosos”.